No último dia 5 de outubro, a prefeitura de Feira de Santana publicou um decreto autorizando a quatro empresas que participaram de um chamamento público a dentro de um prazo de 60 dias apresentarem projetos para implantação da Zona Azul para as ruas do centro da cidade.
O objetivo do projeto é organizar o trânsito e permitir que o estacionamento de veículos seja rotativo, com a cobrança de uma taxa pelo tempo de permanência nos espaços. Além disso, com a implantação da Zona Azul, a fiscalização deverá aumentar no centro da cidade, contra infrações como parada em fila dupla, estacionar em locais proibidos como passeios, entre outras irregularidades.
Para o agente da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) Francisco Mota Tavares, que há 21 anos atua nesta profissão, a Zona Azul vai contribuir para organizar o trânsito no centro comercial. “Tem gente aqui em Feira que vem trabalhar nas lojas, para o veículo na rua e fica o dia todo”, afirmou.
Segundo ele, muitas pessoas continuam estacionando seus veículos em cima dos passeios e os agentes atuam para educar e ao mesmo tempo punir os condutores infratores. E, com o modelo de estacionamento rotativo, o momento em que o carro estiver estacionado, o proprietário estará pagando.
Outro problema que será resolvido com a implantação da zona azul é a demarcação de espaços em frente ao estabelecimentos, que ele afirma ser irregular.
“Qualquer pessoa que chegar e tiver um cavalete, um cone, pode tirar e estacionar seu carro, porque ninguém tem direito à vaga a não ser se for autorizado pela SMT.”
Para o agente de trânsito, a área mais difícil de organizar o tráfego é, sem dúvida, o centro comercial da cidade, como a Conselheiro Franco, a Marechal Deodoro, Senhor dos Passos, JJ Seabra, Visconde do Rio Branco, onde o trânsito costuma ficar travado.
“Alguns motoristas não obedecem e ficam com aquela teimosia, acham que podem fazer tudo, mas não é assim. Estamos aqui para orientar e ao mesmo tempo punir os condutores infratores. Eu trabalho das 7h às 13h e rodo o centro da cidade todo. Só com monitoramento não resolve, porque a câmera lá em cima multa a pessoa que estaciona em fila dupla, mas quem vai tirar ele de lá? Tem que ser o agente de trânsito que está na rua”, destacou Francisco Tavares.
Ele reiterou que infrações como fila dupla e estacionamento incorreto continuam acontecendo, mesmo com a presença das câmeras.
“A depender da situação, as câmeras irão multar. “Se for para descer ou pegar passageiros, uma coisa rápida, é tolerável. Mas ficar estacionado para fazer compras, esperar alguém, aí tem que ser punido mesmo”, salientou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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