Feira de Santana

Valor da cesta básica registrou queda em setembro

Comparando os preços levantados em setembro, cinco produtos tiveram seus preços médios majorados.

Foto: Valter Campanato/Agência-Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência-Brasil

A cesta básica de Feira de Santana registrou valor de R$ 496,25 em setembro, contabilizando queda de 1,19% em relação ao mês anterior. Após três meses seguidos de queda, a cesta básica acumula decréscimo de 4,80% no trimestre. Dos 12 produtos que compõem a cesta, sete apresentaram queda de preço médio e cinco registraram alta no trimestre. A maior redução foi verificada no tomate (preço médio caiu 41,75%) e a maior elevação foi observada no leite (20,06%).

A despeito das últimas quedas de valor da cesta, em 12 meses, o conjunto dos 12 alimentos mantém registro de incremento de valor: o custo da cesta em setembro de 2022 foi 16,29% maior que o calculado em setembro de 2021. Os pesquisadores do curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) que trabalham no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos” destacam que as maiores altas foram observadas em dois alimentos que compõem o café da manhã tradicional do trabalhador: leite (57,94%) e café (45,40%). Outros itens da cesta que também apresentaram elevação de preço médio significativo nesses 12 meses foram a farinha (33,74%), o pão (28,63%), a banana (27,20%) e a manteiga (26,44%).

Comparando os preços levantados em setembro com os vigentes no mês anterior, constata-se que cinco produtos tiveram seus preços médios majorados: banana (3,26%), pão (2,03%), arroz (1,59%), tomate (1,27%) e manteiga (1,23%). Os demais alimentos registraram queda de preços em setembro, sendo as reduções mais expressivas verificadas no preço médio do feijão (-8,51%), do leite (-6,57%), do óleo (-5,48%) e do café (-5,19%). Os outros três produtos tiveram queda de preço inferior a 5%.

No que se refere à importância do alimento (preço médio e quantidade estabelecida) na composição da cesta, constata-se que a carne é o item que mais pesa no bolso do cidadão. Apenas para a aquisição da carne, o feirense teve o dispêndio de 26,39% de todo o valor destinado à alimentação em setembro. O segundo item em grau de relevância (preço e quantidade) foi pão, que representou 16,41% do custo da cesta.

Analisando as duas refeições tradicionalmente mais importantes para o cidadão feirense, nota-se que o prato de almoço – arroz, feijão e carne – correspondeu a 36,93% do valor da cesta básica de setembro, percentual inferior ao observado em agosto 37,42%. O café da manhã – pão, manteiga, café e leite – representou 35,84 do custo da cesta, percentual próximo ao verificado no mês anterior, de 35,77%.

Quanto à participação dos alimentos da cesta no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), constata-se que o trabalhador comprometeu 44,26% do seu ganho com a aquisição dos 12 produtos em setembro. Trata-se de um comprometimento de 0,56 ponto percentual menor que o calculado em agosto(44,80%). Quanto ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, verifica-se um dispêndio de 97 horas e 22 minutos, o que significa uma redução de 1 hora e 11 minutos do tempo de trabalho do feirense que recebe o salário mínimo para adquirir a cesta em relação ao observado no mês anterior.

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