O 26º Campeonato Brasileiro de Karatê Shotokan foi realizado na cidade de Indaial, estado de Santa Catarina, entre os dias 16 e 18 de setembro. Participaram da competição 400 atletas, nas categorias infantil, infanto-juvenil e adulto.
No tatame muitos estados estiveram presentes como Santa Catarina, Amapá, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Maranhão, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, Brasília e Bahia.
O professor de Educação Física e de Karatê Associação de Treinamento e Estudo de Karate Shotokan (Astekas), em Feira de Santana, Adriano Júlio Araújo, contou ao Acorda Cidade que 23 atletas Astekas participaram da Competição.
“Levamos junto a seleção baiana de karatê Shotokan, 23 atletas Astekas. Desses atletas todos voltaram com pelo menos uma medalha da competição”, informou.
A atleta de Karatê e vice-campeã mundial, Lara Beatriz, contou ao Acorda Cidade que o Karatê sempre foi um sonho. “É algo que eu me dedico bastante, porque é algo que eu me identifico e me faz bem”, dise.
A feirense Lara Beatriz foi um dos destaques na competição.
“Eu fico muito feliz por mais uma conquista, e receber essa medalha traz mais gás e cada vez, mais vontade de praticar e participar dos campeonatos. Gostei muito da experiência e pretendo buscar mais títulos. Eu não esperava, sonhava muito, mas foi tudo através dos treinos e da dedicação mesmo que a gente conseguiu,” destacou.
A vice-campeã mundial, disse que se inspira no professor Adriano e no seu pai, que também é praticante de Karatê.
“Tudo é questão de treino, de querer. E eu creio em Deus, e sigo em frente treinando e meus pais me apoiando em não desistir é muito importante. Essa questão de eu gostar muito do esporte traz mais foco, mais vontade, e o incentivo dos meus pais traz mais foco ainda,” salientou.
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O pai de Lara, também carateca, Franckin Melo, disse ao Acorda Cidade que a filha treina desde os 7 anos de idade, e a conquista do título veio por meio de muito treino.
“O titulo veio através de muito treino e com bastante empenho e dedicação dos professores. Eu treino junto a ela, um apoia o outro. Depois de 25 anos eu retornei ao karatê e hoje sou faixa marrom como ela,” revelou.
O pai de Lara contou que a filha é muito focada, treina bastante e o resultado disso está nas competições.
“Para contar os títulos de Lara é um pouquinho difícil, porque são vários dentre os municipais, estaduais e nacionais. E tem também o mundial que ela foi vice-campeã e atualmente ela está como tricampeã brasileira e tricampeã baiana. Ela é uma menina exemplar, dedicada, tem ótimas notas na escola e depois do karatê tudo veio a melhorar na questão pessoal, emocional e nos estudos também,” descreveu.
Importância da inclusão no esporte
“Essas vivências que eles passam, somam e agregam muito para a vida e formação deles. Nós tivemos atletas de seis anos até 67 anos disputando, então para os mais novos essas experiencias de viajar pelo país, tendo contato com culturas diferentes, mesmo falando a mesma língua, é muito importante ter essa vivência de participar de um evento com os melhores atletas do país. Eles aprendem a lidar com a ansiedade, com a emoção, com a alegria extrema e também com as frustações que são coisas que eles vão ter na vida inteira,” analisou o professor de karatê, Adriano Araujo.
Para o professor, o essencial é transformar os atletas para serem campeões da vida.
“a gente disponibiliza treinamento de domingo a domingo para todos eles, de forma planejada, com ciclos de treinamento. Tudo é feito de acordo com o empenho de cada um deles. E como a maioria dos atletas são menor de idade, a família tem um papel fundamental nessas conquistas, como a que tivemos agora em Santa Catarina,” concluiu o professor.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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