Nesta quinta-feira (29), ocorreu a Coletiva do Comando de Policiamento Regional Leste Feira de Santana (CPRL) para esclarecer as principais condutas que não devem ser praticadas pelos eleitores durante as eleições 2022, no domingo (2). Além disso, segundo o órgão durante as eleições e apuração das urnas, Feira de Santana terá mais de 1.600 policiais fiscalizando qualquer irregularidade e atuando na logística e segurança do pleito.
“Em Feira de Santana, especificamente, temos 4 zonas eleitorais, 142 locais de votação e 1.193 sessões eleitorais. Nós reunimos na última terça com todos os órgãos envolvidos. À polícia cabe a guarda de urnas, a escolta na condução das urnas, o policiamento no dia das eleições, e evidentemente, se houver alguma comemoração, a depender do resultado, nós vamos também atuar. Lembrando que, juntamente a essa situação, a cidade continua funcionando e o policiamento ostensivo normal vai continuar. Portanto, é um grande desafio, e por isso o CPRL vai empregar todo o seu efetivo de quase 4 mil policiais, e em Feira de Santana, são mais de 1.600 policiais. Os que não vão trabalhar são apenas aqueles que foram afastados por problemas de saúde,” esclareceu.
O Coronel Piton informou ao Acorda Cidade como o CPRL será organizado para inspecionar a cidade.
“Esse ano, o CPRL está dividido em três regiões especiais. Eu vou ficar na região de Feira de Santana e mais 36 municípios. O Coronel Albuquerque está, a partir de hoje, assumindo a região do recôncavo, sediado em Santo Antônio de Jesus, onde ele vai atender 36 municípios, e o coronel Ventura vai se instalar na cidade de Alagoinhas e vai atender 37 municípios. Isso vai facilitar para os comandantes de unidades ter um coronel de último posto para consultar ou interagir para tirar dúvidas, melhorando o emprego e o controle operacional da nossa tropa,” abordou.
O Coronel descreveu ao Acorda Cidade o que será permitido e proibido durante as eleições.
“A gente sabe que basicamente os problemas no dia da eleição são causados por aglomerações, já que a manifestação silenciosa é permitida, a famosa boca de urna, quando o candidato ou seus apoiadores tentam convencer a pessoa a votar. Nós temos este ano uma determinação do TSE para que o cidadão que tenha porte de arma e mesmo o policial, se não estiver trabalhando, não pode portar arma em um raio de 100 metros do local de votação. Ou seja, apenas os agentes do Estado, que estejam em serviço é que podem adentrar para votar armados. Temos a questão também da condução ou transporte ilegal de eleitores, já que a Justiça Eleitoral credenciou veículos apropriados para isso, então são esses tipos de condutas que são proibidas pelo código eleitoral,” revelou.
Conforme orientação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas 48 horas que antecedem ao pleito eleitoral, e nas 24 horas subsequentes, não será admitido o porte de arma em um raio de 100 metros das sessões eleitorais ou dos locais especialmente tutelados pela lei eleitoral. Segundo o Coronel Piton, o descumprimento dessa norma caracteriza porte ilegal de arma e consequentemente prisão em flagrante e condução à delegacia.
Além disso, na noite anterior ao dia de votação, a fiscalização também estará atenta.
“Caso alguém seja flagrado fazendo ‘derramamento de santinhos’ esse material e a pessoa serão conduzidos à presença da autoridade,” disse.
Após o encerramento das votações, é comum que aconteçam comemorações. O coronel Piton disse ao Acorda Cidade que as comemorações serão policiadas para que execessos sejam evitados.
“Uma vez encerrada as votações, nós vamos manter a segurança no polo de apuração no Fórum, onde estarão as autoridade, Juiz, promotor etc. E vamos cuidar do restante da cidade, se tiver alguma comemoração nós vamos policiar, evidentemente, cuidando para que não ocorram excessos. Sabemos que será um dia de domingo, feriado, e normalmente, no dia a dia, nós já atendemos ataravés do Centro Integrado de Comunicação (Cicom) mais de 60% das ocorrências ligadas à questão de paredões, então a gente também entende que no domingo, a depender do resultado, nós tenhamos muitas comemorações, mas estamos preparados. Temos uma tropa excluisiva para isso e nós vamos atender e fazer um bom processo eleitoral”, destacou.
Toda a tropa recebeu orientações para atuar com bom senso diante das situações.
“O bom senso cabe em qualquer lugar, cada caso tem que ser analisado pelos oficiais embarcados em viatura. Recebemos hoje quatro viaturas novas para o CPRL e nós teremos essas viaturas sob o comando do oficial que estará circulando e atendendo eventuais ocorrências. O que nós pedimos é que os eleitores nos ajudem, não apenas no processo eleitoral, mas no dia das eleições evitarem aqueles excessos, como os paredões, ou comportamentos nocivos que venham de alguma maneira sobrecarregar a Polícia Militar, que precisa cuidar da questão eleitoral, e ao mesmo tempo, cuidar da rotina de policiamento preventivo na cidade,” salientou.
Todas as cidades cobertas pelo CPRL contarão com a presença de um oficial, tenente, capitão, major, a depender do tamanho da cidade ou do mapa de risco.
“De acordo com o estudo que fizemos com a inteligência, aquelas cidades que porventura nas últimas eleições apresentaram algum tipo de problema, o oficial estará com reforço. Até porque todo o efetivo da cidade será empregado com esforço máximo. Então é evidente que o policiamento será 100%. Nós estaremos de plantão para orientar o policial, e a lei é clara que a pessoa só pode ser presa em flagrante. E se houver descumprimento, tenha certeza de que a polícia militar irá atuar,” concluiu.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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