Todos os dias a idosa Eulália Lopes Araújo, de 98 anos de idade, acorda cedo, por volta das 6h. Ela então se arruma, prepara o café da família, se alimenta, e depois dá seguimento à sua rotina: faz uma coisa aqui, outra ali, dá comida aos animais de estimação, um cachorro, uma tartaruga e um papagaio.
O que muita gente não desconfia é que a moradora do bairro Capuchinhos é amante da atividade física, faz ginástica aeróbica, musculação e dá de 10 a 0 em muita gente jovem por aí.
De acordo com a filha de Eulália, a dona de casa Eneida de Fátima Lopes Araújo, de 58 anos, a mãe vai para a academia duas vezes por semana. Ela faz bicicleta, caminha na esteira e pega peso também, tudo acompanhado pelo instrutor do estabelecimento.
Quem vê a idosa malhando nem imagina que ela está prestes a completar um século de vida e muita saúde.
“Na academia, ninguém dá 98 anos a ela, então ela passa às vezes despercebida, e quando alguém descobre a idade dela não acredita que lá tem uma senhora dessa idade fazendo as atividades normais da academia”, ressaltou Eneida de Fátima.
A relação da idosa com a atividade física é de longa data, mas com a pandemia, ela teve que dar uma pausa nos exercícios para se prevenir do coronavírus. Ainda assim, contraiu a doença, mas de forma bem leve. Após a flexibilização e algumas dores na região do ombro, o médico recomendou o retorno às atividades.
“Eu sempre fiz muita academia, desde quando eu morava em Salvador, que eu fazia ioga, depois vim para aqui e faço ginástica. Faço uma hora de exercícios. Fiquei com os braços doendo, aí voltei para a academia agora”, revelou Eulália, em entrevista ao Acorda Cidade.
A idosa é natural de Alagoas, e em 1975 se mudou para Feira de Santana. Ela possui quatro filhos, oito netos e três bisnetos. E mesmo com quase um século de uma vida, esbanja muita simpatia ao falar, sorrir e ama confraternizar com a família.
A rotina é leve. Adora cuidar das plantas e não aguenta ficar parada. Se alimenta bem e de vez em quando também tomar o seu vinho.
“Eu não tenho hora pra dormir, durmo a hora que tenho sono e levanto às 6h, faço o café do meu filho, que ele vai trabalhar, boto na mesa e depois tomo meu café. Já o almoço quem faz é minha nora. Eu como de tudo e ainda bebo um vinho, um licorzinho. Não tenho diabetes e meu dia a dia é fazendo uma coisa e outra, cuidando das plantas”, destacou.
Mas quando falam que ela é uma das pessoas mais velhas a morar no município, diz não acreditar e brinca que às vezes até nega a idade.
“Quando vou ao médico, ele fica admirado, não tem nem o que passar, faço os exames, e quando ele vê só diz para eu tomar cuidado e controlar a alimentação. Tive covid, mas foi fraca e já tomei as quatro doses da vacina e também a da gripe. A única coisa que eu sinto são as dores no braço, e fui pra ginástica por causa dela. Quando me casei, morei em uma fazenda, criando galinha e correndo com os meninos”, relembrou um pouco sobra a sua história.
Para a filha Eneida, toda essa energia provém da enorme alegria que a mãe tem de viver. Além disso, ela brinca que a idosa é mesmo boa de garfo: come pão, toma suco, vitamina, come salada, adora fruta e verduras.
Gosta também de milho, mingau, mugunzá, pamonha, sopa, a lista é grande. Mas, tudo com moderação e acompanhamento com endocrinologista pelo menos duas vezes por ano.
“Ela sempre gostou de brincar, dar risadas e fazer atividade física, que é muito importante. Ela mora com um filho, pois é viúva. E participa das festas de família, toma licor, come de tudo, depois cochila um pouco. A pressão está boa, mas pela primeira vez está tomando remédio para a pressão, porque até então só tomada medicação para o colesterol. O açúcar dela está no limite, e a gente faz o controle com a dieta. Sou vizinha dela, e a levo para a academia”, contou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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