Feira de Santana

Com baixíssima adesão à campanha, menos de 10 mil crianças se vacinaram contra a pólio em Feira de Santana

O imunizante contra a pólio está sendo ofertado em todas as unidades de saúde do município para facilitar o acesso aos pais.

Foto: Thiago Paixão/ Secom
Foto: Thiago Paixão/ Secom

A procura pela vacina contra a poliomielite (paralisia infantil) continua baixa em Feira de Santana. A meta do município é vacinar 40 mil crianças. No entanto, com a baixa adesão da população, o número de vacinados está abaixo de 10 mil.

De acordo com Carlita Correia, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Feira de Santana, a doença, causada por um poli vírus que destrói as células nervosas da medula espinhal e pode causar a paralisia, é transmitido por água e alimentos contaminados ou ainda o contato com pessoas infectadas.

“A adesão está muito baixa. É uma coisa muito atípica não só em Feira, mas em todo o Brasil, e a gente não passou ainda de dez mil crianças vacinadas, mesmo a campanha tendo se estendido até o dia 30 de setembro”, afirmou Carlita Correia.

Ela informou que a campanha busca imunizar crianças na faixa etária de 1 a menos que 5 anos. E o imunizante contra a pólio está sendo ofertado em todas as unidades de saúde do município para facilitar o acesso aos pais.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A gente sabe que também tem os pais que trabalham até tarde, mas a gente tem as Unidades de Saúde da Hora, que fecham às 21 horas, e os pais podem e devem procurar nesse momento que chegam do trabalho essas unidades para dar suporte na vacinação, porque a forma que a gente vem erradicando ainda a doença no Brasil é justamente através das campanhas de vacinação. A imunização é que manteve até hoje a doença erradicada por décadas, inclusive outros países também erradicaram, mas tem alguns outros que voltaram. Teve um país que teve um caso recente de um adulto e segue em alerta, então a gente sabe que o vírus está circulando em outros países, e no Brasil nos últimos tempos tem exportado muitos vírus”, enfatizou a coordenadora da Viep.

Carlita Correia ressaltou que durante a campanha a vacina é ofertada de maneira tranquila, com apenas duas gotinhas na boca da criança.

“Ao nascer, a criança toma essa vacina de forma injetável, a VIP, e a gotinha, que é a VOP é feita mais a partir de campanha. Sempre temos as campanhas para reforço, que são a única forma de erradicar, mas a criança deve cumprir o calendário vacinal com a vacina contra a poliomielite que é preconizado pelo programa nacional de imunização. O vírus está circulando em outros países, a gente realmente não consegue entender por que os pais e responsáveis expõem as crianças a esse risco, de ter o vírus circulante em outros países e não estamos isentos de ele circular no nosso país e no momento acho que todo o Brasil busca essa resposta de por que as crianças não estão sendo vacinadas”, questionou.

Para realizar a vacinação nos postos, a criança precisa estar acompanhada dos pais ou responsáveis, com o cartão de vacinação, o cartão do SUS e um documento oficial da criança.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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