Artigo

Prevenir o suicídio

Todos devem aprender sempre mais sobre os sintomas que indicam o risco desse mal para, quando necessário, poder intervir e ajudar a salvar vidas, recuperá-las, reconduzindo sempre as pessoas para a convivência familiar e adequada inserção social.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Durante o mês de setembro é realizada, no Brasil, a campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. Essa campanha é chamada de “Setembro Amarelo” porque no trânsito, o sinal amarelo significa alerta (sinal para manter-se em vigilância) antes de abrir o sinal vermelho. Quais são os sinais de alerta que podem levar ao suicídio?
ENTRE
outros sinais, deve-se prestar atenção para os seguintes: Problemas afetivos, brigas na família, solidão, desemprego, depressão, isolamento, estresse, alcoolismo, drogas, um acontecimento que faz a pessoa se sentir “sem saída”, falta de ideais de vida, jogos virtuais, preocupação com a morte, falta de esperança… Esses sinais nunca devem ser considerados isoladamente.

QUANDO uma pessoa se mata, familiares e amigos perguntam-se: Por que ela fez isso? Não pensou em nós? Será que deixamos de fazer alguma coisa que poderia ter evitado o suicídio? Outros afirmam: Estava sofrendo! Há bastante confusão de sentimentos! Muitas famílias sentem-se, parcialmente, responsáveis pelo que aconteceu. Entretanto, em nossa vida, precisamos admitir que há acontecimentos que não podemos mudá-los porém, é indispensável aceitá-los para termos uma vida saudável.
O SUICÍDIO é um grave problema que atinge adultos, jovens, inclusive adolescentes e crianças, deixando feridas incuráveis no coração de famílias. Todos devem aprender sempre mais sobre os sintomas que indicam o risco desse mal para, quando necessário, poder intervir e ajudar a salvar vidas, recuperá-las, reconduzindo sempre as pessoas para a convivência familiar e adequada inserção social.

O QUE FAZER para reduzir os suicídios? É um tema delicado, por isso, muitas vezes, preferimos colocá-lo “embaixo do tapete”. O segredo é conversar muito, estar próximo da pessoa e jamais deixá-la sozinha; ajudá-la a superar as dificuldades e pensamentos negativos e destrutivos. Procure ouvir mais e falar menos. Falar é a melhor solução! É necessário saber ler os sinais, interpretá-los e nos sentirmos capazes de ajudar e buscar ajuda profissional para receber orientações e ferramentas apropriadas.
SOMOS administradores e não proprietários da vida, que nos é dada por Deus, como um precioso presente. Por isso, não podemos dispor dela. É de Deus! Contudo, nunca devemos duvidar da Sua misericórdia. Ele pode dar, até o último segundo, uma ocasião de arrependimento, às pessoas que se suicidam. Deus sempre quer a salvação de todas as pessoas.

Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
[email protected]

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