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O prefeito de Salvador, João Henrique, determinou nesta sexta-feira (9) que alguns órgãos municipais se organizem para realizar uma força-tarefa com ações emergenciais que possam ajudar as famílias atingidas em um incêndio na noite de quinta-feira (8), no bairro de Escada, no subúrbio ferroviário de Salvador.e acordo com a prefeitura, estão sendo providenciados almoço, colchões e abrigo provisórios para as famílias das cerca de 100 casas atingidas pelo fogo na comunidade Quilombola de Escada.
Nesta sexta-feira, informou a prefeitura, órgãos como a Secretaria do Trabalho e Assistência Social (SETAD), Defesa Civil de Salvador (Codesal), Secretaria Municipal da Educação e Cultura (Secult), Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (Sucop) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) estão no local para auxiliar as vítimas do incêndio.
Incêndio
Segundo a polícia, o incêndio começou no final da noite de quinta-feira em uma das casas da comunidade e se alastrou rapidamente. Não houve feridos, mas os danos materiaias para quem mora na comunidade foi grande.A polícia ainda não sabe o que provocou o fogo. As famílias atingidas passaram a noite no local.
Por volta das 23h30, as chamas já tinham sido controladas pelo Corpo de Bombeiros. Ainda não há informações oficiais sobre as causas do incêndio.
De acordo com o Grupo Salvar, do Corpo de Bombeiros, esse foi um dos maiores incêndios que aconteceu em Salvador, com chamas atingindo 15 metros de altura. Moradores apontam algumas suspeitas, como curto-circuito em fiação elétrica, mas o Corpo de Bombeiros afirmou que deve divulgar nota oficial ainda nesta sexta-feira.
A 5° Delegacia, no bairro Periperi, responsável pela área, informou que ainda não é possível saber o que teria iniciado as chamas. Ainda de acordo com informações da unidade policial, o fogo foi controlado em tempo de nenhum morador ficar ferido, causando apenas prejuízos materiais.
A trabalhadora de serviços gerais Ana Santana, de 46 anos, reside no local com o marido, filho e dois netos há cinco anos. “Não sei se foi atentado ou descuido. Só sei que a estrutura aqui é precária, os fios do poste caem sempre e são os homens daqui que têm que consertar”, diz.
Segundo a moradora, a maioria dos imóveis é construída com madeira e utiliza carpete e plástico em seu interior. “O fogo não chegou até o meu barraco. Muitas casas do fundo não pegaram, mas as da frente o fogo destruiu tudo”, relata.
"Há muito material de queima. A maioria dos barracos é irregular, o que tornou uma situação de risco", afirmou o tenente coronel Sturaro, do Corpo de Bombeiros, que atuou no local na noite de quinta-feira.
Ana Paula de Jesus, de 19 anos, mora no local e é uma das vítimas que tiveram a casa atingida pelas chamas. “Meu marido e meu filho estavam em casa no momento do fogo e tiveram que arrombar a porta e sair pela lateral da nossa casa. Perdi tudo. Tinha ido para a igreja com duas irmãs. Foi muito fogo, todo mundo desesperado”, diz.
(G1)