O desfile cívico-militar em comemoração ao Dia da Independência em Feira de Santana atraiu milhares de pessoas à Avenida Presidente Dutra, na manhã desta quarta-feira, 7 de setembro.
O evento começou por volta das 8h30, com o hasteamento da bandeira no palanque das autoridades, que foi montado próximo à Rua Barão do Rio Branco.
Tropas militares iniciaram o cortejo, como a marcha dos veteranos do 35º Batalhão de Infantaria, Polícia Militar da Bahia, 2º Grupamento do Corpo de Bombeiros e Polícia Penal.
Desfilaram grupos civis do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC), Colégio Estadual Eraldo Tinoco de Melo, Escola Cívico-Militar Quinze de Novembro, Desbravadores e Aventureiros da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Bombeiro Civil (Fireman) e funcionários da Santa Casa de Misericórdia.
A marcha motorizada da Associação dos Motociclistas de Feira de Santana, Clube do Fusca e Baixo 75 Clube, além do Clube do Cavalo e demais entidades, abrilhantaram ainda mais o evento.
Paralelo à programação oficial, ocorreram também protestos na Avenida, promovido pelo Grupo dos Excluídos e dos profissionais de enfermagem do município.
Reclamações
Apesar da vasta programação anunciada pela prefeitura, a vigilante Cássia da Silva Pereira, que reside no bairro Tomba, avaliou que o desfile durou pouco e quando chegou ao circuito, por volta das 9h30, não havia quase nada a ser prestigiado.
“Eu reclamei por causa do horário. Eles falaram que o desfile iria começar às 8h e iria até às 13h, mas 10h30 já não tinha mais nada. Eu queria ver a passagem dos militares, das escolas, que a gente sentiu falta, e das bandas. Cheguei aqui por volta das 9h30, e às 10h30 já não passava mais nada”, observou.
A estudante Indaiara Pereira Santana também achou que o evento terminou muito rápido. “Eu achei que o desfile podia ter durado mais, passou muito rápido e não deu para ver as fanfarras. Eu cheguei às 9h30 e acabou muito cedo.”
O monitor de câmeras Euclêmio Maurício Cruz levou o filho de 7 anos para acompanhar os desfiles, por volta das 9h, mas com as chuvas decidiram retornar logo para casa. Além disso, segundo ele, não deu para acompanhar todos os grupos passando na avenida.
“A polícia tinha acabado de passar e restou só as escolas. Trouxe meu filho de 7 anos, ele queria ver a passagem do exército também, mas já tinha passado e ele só viu a galera das escolas, mas ele gostou”, disse.
Retomada do 7 de Setembro
Em entrevista ao Acorda Cidade, o prefeito Colbert Martins ponderou que o evento de hoje marcou o início de uma nova fase diante da retomada dos eventos, cancelados por dois anos em virtude da covid-19.
“Vejo essa retomada com alegria, estamos voltando à vida normal, e o 7 de Setembro é uma parte importante da nossa comemoração. Na minha infância participei com as escolas, e isso vai voltar a ser algo contínuo e normal em nossa vida. O Exército e a Polícia estão aqui hoje, mas essa é uma festa de escolares, de pessoas, como eu vejo. Essa é a face da nossa nação”, afirmou.
Ele enfatizou que neste primeiro evento após a pandemia, a organização buscou ter muito cuidado, mas espera que nos próximos mais atrações estejam disponíveis para apreciação do público.
“Demos o primeiro passo, com muito cuidado, mas as bandas marciais precisam voltar, as pessoas que desfilam e fazem isso com orgulho, as apresentações, e está na hora de a gente voltar a comemorar o Dia da Independência do Brasil. Há 200 anos éramos uma colônia. Agora somos uma nação de homens, mulheres, crianças em nosso território. Nós cultivamos isso todos os dias com a democracia, elegendo pessoas e trazendo as nossas riquezas para nós mesmos. Há 200 anos, todas as nossas riquezas iam para Portugal, quando éramos uma colônia, e agora somos donos do nosso nariz. Temos que construir essa pátria cada vez mais”, pontuou.
Com informações dos repórteres Paulo José e Ed Santos do Acorda Cidade.
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