Feira de Santana

Membros da Associação de Surdos reivindicam mais acessibilidade a espaços em Feira de Santana

Considerando as últimas pesquisas, a estimativa é de que há 5 mil surdos em Feira.

Membros da Associação de Surdos em Feira_ Foto Paulo José
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

Membros da Associação de Surdos de Feira de Santana (Asfs) acompanharam, na manhã desta quinta-feira (1º), a sessão na Câmara Municipal de Vereadores, e representantes da entidade usaram a tribuna livre da Casa com o objetivo de chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pela comunidade surda na cidade.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a tradutora e intérprete de Libras, Emanuelle Dantas, que também faz parte das Asfs, informou que a presidente da associação Elaine Figueiredo, falou sobre a falta de acessibilidade nos espaços do municípios e apresentou algumas reivindicações.

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Foto: Paulo José/ Acorda Cidade

“Nós estamos dando início agora à campanha Setembro Surdo, que é um mês muito importante de visibilidade para a comunidade surda, que são pessoas que têm uma demanda linguística, que necessitam de mais trabalho e mais acessibilidade em todos os espaços de Feira de Santana. Nossa reivindicação é pela construção de mais escolas bilíngues em Feira, que atendam tanto a Língua de Sinais, que é a primeira língua deles, quanto na L2, que é o português. Então a Elaine Figueiredo, que é surda e presidente da Associação, usou a tribuna livre com o objetivo de reivindicar essas ações”, afirmou Emanuelle Dantas.

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

A intérprete de Libras ressaltou que os dados sobre a quantidade de pessoas surdas no município ainda estão imprecisos, uma vez que o último censo do IBGE foi em dezembro de 2010. Mas considerando as últimas pesquisas, a estimativa é de que há 5 mil surdos em Feira. Na Associação, há cerca de mil pessoas surdas registradas como membros.

“A questão principal dos surdos é a falta de acessibilidade. Um exemplo gritante sobre essa situação é quando os surdos vão ao médico para atendimento, e os profissionais não sabem a língua de sinais. Pode acontecer de tomarem um remédio errado e isso ocasionar diversos outros problemas. Também para acessar os direitos no Cras e em outros espaços a falta de acessibilidade é o que mais tem prejudicado.  Nós hoje temos duas reivindicações principais, que é a construção de uma Central de Libras estadual e municipal, que venha atender todos os espaços de Feira de Santana, ou seja, ter um intérprete para acompanhar os surdos nas mais diversas necessidades e também pedimos a construção de uma escola bilíngue em Feira de Santana”, reforçou.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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