Equipes do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) cumpriram, na manhã desta quinta-feira (1º), 16 mandados de busca e apreensão em Salvador e em Feira de Santana, durante operação que investiga fraudes praticadas contra uma empresa de pagamento automático de pedágio, cartões de combustível e estacionamento. Segundo a polícia, o esquema já causou um prejuízo estimado em R$ 200 mil.
Em Feira de Santana os mandados foram cumpridos por policiais civis nos bairros Brasília, George Américo e Campo Limpo. Ao Acorda Cidade, o delegado André Ribeiro, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), explicou que nesta etapa não houve prisão.
“A operação tem três alvos em Feira de Santana. Todas as equipes daqui da Furtos e Roubos foram mobilizadas e desde cedo estamos no cumprimento destes mandados. Conseguimos localizar todos os três endereços, cumprimos os mandados de busca e apreensão, apreendemos alguns materiais e documentos e os apresentamos aqui na delegacia. Foi apreendido o que é relevante para a investigação e ao crime apurado. O alvo fica ciente do caso, fica com a cópia do mandado e posteriormente ele vai tomar as medidas que entender ser cabíveis”, explicou.
Foram apreendidos além de documentos, cartões, aparelhos de informática, como notebooks e HDs externos, maquinetas de cartão de crédito. Todo o material apreendido será encaminhado para Salvador.
A operação denominada Non Stop, sem parar em inglês, é liderada pelo delegado Charles Leão. Algumas das vítimas do golpe já foram ouvidas na Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber).
O esquema
A operação visa investigar ex-empregados e entender, por meio do material apreendido, como o grupo atua, além de identificar quem efetivamente participa do esquema.
“Estamos investigando a ação de ex-empregados da empresa, que, de alguma forma, conseguiram arregimentar funcionários para colaborarem com a fraude, não tomando o devido cuidado ao cadastrar os adesivos aos veículos. Segundo apuramos, carros usados por fraudadores são equipados com as tags cadastradas irregularmente. Esses ‘stickers’ são cadastrados em nome de outra pessoa e vinculados a cartões de crédito de terceiros, que não sabem do golpe. Nosso objetivo é, com a apreensão de documentos, computadores e aparelhos telefônicos, definir melhor qual a dinâmica deste grupo criminoso, quem efetivamente o integra e suas funções internas “, explicou o delegado Charles.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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