Três acidentes automobilísticos foram registrados na manhã desta sexta-feira (26) em Feira de Santana. Todas as vítimas estavam em motocicletas e foram encaminhadas para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
Ao Acorda Cidade, o diretor da unidade hospitalar, José Carlos Pitangueira, destacou a grande quantidade de acidentes que estão acontecendo no município, provocando superlotação de leitos.
“Hoje a gente percebeu que o sol abriu, então já se torna um grande perigo porque quando está chovendo, são poucos que querem se molhar na chuva, então estes três acidentes de hoje, foram todos a partir das 7h da manhã, e tenho quase certeza que este final de semana vai ter muito acidente. Os nossos leitos estão superlotados, o local que pega 13, tem 23, 24 pacientes. A sala vermelha que pega seis pacientes, hoje tem nove, e isso porque ainda é sexta e se não tiver ajuda, vamos ter um grande problema . Se tivesse um hospital municipal, isso iria mudar porque toda emergência de Feira de Santana é concentrada no HGCA”, destacou.
Para o diretor, seria importante reabrir o Hospital de Campanha que foi utilizado para pacientes com Covi-19, e transformar em Hospital Municipal.
“Poderiam abrir aquele hospital que foi utilizado como Hospital de Campanha, abre 80 leitos, não precisa de UTI, apenas de médicos, enfermeiros, porque isso já facilita o lado o Clériston e não ter mais essa questão de superlotação. Não temos condições de ficar desta forma, até porque 90% dos pacientes são daqui da cidade, as UPAs estão cheias”, pontuou.
De acordo com Pitangueira, o HGCA possui 58 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas nenhuma fica livre, sempre realizando o processo da rotatividade.
“Nós temos 58 leitos de UTI mas não estamos conseguindo deixar um leito livre. Na última terça por exemplo, tínhamos três pacientes entubados no centro cirúrgico e acabou todas as cirurgias porque não tínhamos mais vagas. Todos os leitos estão lotados, são mais de 40 dias que a gente não consegue segurar uma vaga, não conseguimos fazer uma rotatividade, e por isso não acontece as regulações. Os acidentes de motos estão lotando nossos leitos, os corredores estão cheios e mais de 50% dos leitos estão ocupados por acidentes de motos, mas por qual motivo disso? Os motociclistas querem andar sem capacetes, querem andar embriagados, e quando acontecem os acidentes, são graves, são pancadas na cabeça, são fraturas, e tudo isso ocupa os nossos leitos”, concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade