Na manhã desta segunda-feira (22), Rerison Israel Lima Araújo se dirigiu à unidade da Fundação Hemoba (Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia), na Avenida Presidente Dutra, para realizar a doação de sangue para o pai, que está internado em uma unidade de saúde do município. Mas, não é a primeira vez, que o jovem realiza a doação.
Em entrevista ao Acorda Cidade, ele destacou a importância do ato. “Eu doo sangue já tem muito tempo, já doei várias vezes, e a importância é de sempre estarmos ajudando o próximo. E eu sou o retrato disso. Já fiz cirurgias, aonde eu necessitei de quem doasse, precisei de bolsas de sangue, e hoje estou aqui prestando minha solidariedade com as pessoas, doando sangue também, que além de ser bom para ajudar o próximo, é bom para a saúde. Melhora o sulfato, o colesterol, vários aspectos. Dessa vez, vim por causa do meu pai, que fez uma cirurgia, mas das outras vezes vim espontaneamente”, afirmou.
De acordo com a biomédica da unidade da Hemoba em Feira de Santana, Marilene de Souza, houve redução das doações e os estoques de bolsas de sangue estão em estado crítico. Para ela, a não veiculação de notícias pelas instituições do estado, por conta do período eleitoral, podem ter impactado na procura.
“Nós notamos uma baixa muito significativa dos estoques. As pessoas têm vindo menos doar sangue neste período, e isso tem impactado muito na demanda dos hospitais. Na realidade, a gente tem solicitado, nas últimas duas semanas, apoio da Hemorede, que são as outras unidades, para poder atender os hospitais. A princípio a gente entende que é por conta da não veiculação das mídias pelas instituições hospitalares, e isso também tem um impacto. A gente espera que os próprios familiares hoje usem suas mídias para fazer essas solicitações de doação de sangue para seus familiares que estão precisando de doação de sangue e estão internados. A gente também atribui ao fato de as pessoas estarem em outras rotinas”, avaliou.
Conforme Marilene de Souza, todo órgão do estado têm a veiculação da marca do governo do estado, e todos os folhetos com essa marca foram recolhidos por conta do período eleitoral.
Ela convoca a toda a população com idade entre 16 e 69 anos de idade, que esteja em bom estado de saúde, para que vá espontaneamente à Hemoba ou realize o agendamento da doação de sangue.
“Menores de 18 anos precisam estar acompanhados de pais ou responsáveis e maiores de 60 têm que ter feito sua primeira doação antes dos 60 anos. Não devem ter sintomas de gripe, nem de febre, nem fazer procedimentos invasivos no período da doação. Podem vir ao Hemoba com seu documento oficial com foto e fazer a doação. Homens podem doar a cada dois meses e mulheres a cada três meses, sem ultrapassar quatro doações por ano. Idosos podem realizar duas vezes ao ano. Nosso estoque está bastante crítico e estamos chamando a população para vir em demanda espontânea, e também por agendamento, através do telefone 75. 3614-1556. A unidade funciona de segunda a sexta, de 8h às 17h”, informou.
Marilene salientou que o ideal é que tivesse a presença de 40 doadores por dia, então em média. Pois a Hemoba atende mensalmente o HGCA com quase mil bolsas e o HEC com quase 300 bolsas, a depender da demanda.
“Agora estamos com quatro pacientes graves do tipo O negativo, que é um tipo bastante utilizando, principalmente nas emergências. Mas devido à baixa nos estoques nós precisamos do suporte das unidades de Santo Antônio de Jesus, Camaçari, Salvador, Itaberaba, e foram elas que deram suporte para gente neste final de semana. A Hemoba é composta por 74 unidades distribuídas em toda a Bahia, e a função da Hemorrede é dar o suporte a quem precisa, então a unidade que mais precisa a outra da o suporte para salvar a vida de quem está precisando. Temos os dois hospitais estaduais da cidade que atendemos e também a UPA do Clériston”, acrescentou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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