Feira de Santana

Mãe faz apelo por não conseguir consultas para filho com paralisia na rede pública

Sem falar e andar, criança está sem nenhum acompanhamento médico e necessita ser avaliada por um ortopedista pediátrico.

Criança com paralisia cerebral
Foto: Arquivo Pessoal

A dona de casa Vitória Nascimento Santos, mãe de Isaac Nascimento Santos, de apenas 2 anos, falou ao Acorda Cidade nesta quinta-feira (18) sobre a dificuldade que vem enfrentando para tentar conseguir um atendimento com médico ortopedista e também de outras especialidades na rede pública de Feira de Santana.

Criança com paralisia cerebral
Foto: Arquivo Pessoal

Segundo ela, o filho foi diagnosticado com 1 ano de idade com paralisia cerebral e epilepsia, quando começou a ter convulsões. Atualmente, a criança, que não fala e não anda, está sem nenhum acompanhamento médico e necessita ser avaliada por um ortopedista pediátrico, a fim de iniciar o tratamento e possa andar.

“O que acontece é que a gente não acha vagas na Apae (Associação , pois não tem vagas e são muitas mães na fila esperando. No Hospital Estadual da Criança (HEC), a gente liga para marcar o atendimento, mas não consegue. E a queixa principal neste momento das mães é que ligam para o HEC, mas não conseguem o atendimento. Nós vamos lá e elas falam que tem que ser por ligação, que não tem atendimento, que a agenda do médico está sendo atualizada, mas a gente nunca consegue marcar.

Desde o mês de março que eu venho lutando. Não só eu, como também outras mães. Tem uma bebê que eu acompanho e estamos juntas nessa luta, a mãe não consegue marcar e a filha tem hidrocefalia”, afirmou Vitória Nascimento.

A mãe de Isaac relatou que desde que o filho nasceu tem essa dificuldade de conseguir realizar o acompanhamento pediátrico no HEC. Ela já abriu uma reclamação na ouvidoria do hospital, porém nunca obteve uma solução.

“O hospital não tem assistência. A gente entra lá, passa pelo processo de internação e após a alta, muitas vezes não tem vaga para fazer o acompanhamento, a agenda do médico está lotada. Nós mães estamos pedindo que os médicos nos deem uma assistência. Se lá não tem vaga, que façam outro local para que nossos filhos sejam acompanhados e assistidos. Já fui na ouvidoria, para vários lugares, mas não consigo um resultado, ser ouvida. Nós, mães de filhos deficientes, que precisam de um neurologista, ortopedista e outros especialistas, precisamos de uma resposta”, desabafou.

A dona de casa destacou que Isaac precisa de um ortopedista que possa avaliá-lo e ver o que será preciso de aparelhos, como órtese, prótese, e saber o que vai necessitar para que ele possa andar e tenha uma vida normal. O menino também está sem acompanhamento de fonoaudiólogo para aprender a falar.

“Já estive na Secretaria de Saúde e já reclamei lá, pois não tem vagas. No posto só tem uma cota de uma única vaga, e me botam em uma lista, para eu aguardar a cota daqui um ou dois meses. E o único meio de conseguir fora do município é através do HEC”, lamentou.

Em nota, o HEC informou que marcação de consultas ocorre somente por telefone.

O Hospital Estadual da Criança (HEC) informa que é uma unidade de saúde de referência em toda Bahia. Por essa razão, recebe ligações de todo o Estado. A marcação de consultas é feita apenas por telefone. Os números da Central de Marcação são: (75) 3602-0505 ou 3602-0339. O HEC ressalta ainda que, para os casos de aplicação de botox, esse serviço não é realizado pela unidade.

Com informações da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade.

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