Saúde

Feira de Santana tem 4 casos suspeitos de varíola dos macacos

Análises são enviadas para laboratório da Fiocruz, no Rio, e levam em média 15 dias para ficarem prontas.

secretaria municipal de saúde
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Feira de Santana possui quatro casos suspeitos de varíola dos macacos e nenhum caso confirmado até o momento. As amostras aguardam os resultados da investigação, que é feita através do laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao Acorda Cidade, a coordenadora da Vigilância Epidemiológica do município, Carlita Correia, ressaltou que a média de tempo para que o laboratório entregue os resultados é em torno de 15 dias, porém há possibilidade de que as análises chegam entregues em tempo menor que este.

“Não temos casos confirmados no momento, porque precisamos aguardar o resultado do laboratório da Fiocruz, no Rio de Janeiro, e por enquanto continuamos a chamar esses casos de suspeitos até que chegue qualquer resultado que possa identificar de que realmente se trata da doença ou alguma outra comorbidade”, informou Correia.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Segundo ela, o perfil dos pacientes é de jovens, tanto homem quanto mulher, porém não deu mais detalhes acerca das idades. Todos foram orientados a permanecer em isolamento, enquanto os resultados não chegam.

“Como o tempo de transmissão é de duas a quatro semanas, eles são orientados a ficar em isolamento, porque esse é o período em que podem transmitir, caso seja positivado. Eles precisam cumprir esse isolamento para que não transmitam para outras pessoas, sendo positivos ou não. A pessoa deve ficar isolada em um espaço que ela também não transmita para a família dela”, explicou.

A coordenadora da Viep destacou, no entanto, que não há motivo para pânico quanto à doença.

“Na verdade, a gente tem outras doenças muito mais graves, assim como viemos de um período pandêmico que se mostrou muito letal. A gente se preocupa mesmo com a transmissibilidade e com os cuidados para que a gente não torne essa doença uma gravidade, então a gente consegue controlar isso e dar um acompanhamento, um suporte”, encerrou.

Sintomas

De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.

A infecção é autolimitada com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor nas costas e astenia intensa.

A erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre e tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.

Caso alguém apresente esses sintomas, deve buscar atendimento nas unidades de saúde e realizar o teste.

De acordo com o último boletim da Secretaria de Saúde do estado (Sesab), a Bahia totaliza dezenove casos da doença: 13 em Salvador, sendo um destes diagnosticado em uma criança de 2 anos, dois em Santo Antônio de Jesus, um em Cairu, um em Conceição do Jacuípe, um em Ilhéus e um em Mutuípe. Além dos confirmados, a Bahia tem notificados 98 suspeitos.

Transmissão

A transmissão ocorre por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o contato próximo com pessoas infectadas ou materiais contaminados deve ser evitado. Luvas e outras roupas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ​​ao cuidar dos doentes, seja em uma unidade de saúde ou em casa.

Ainda segundo o órgão de saúde, a transmissão de humano para humano está ocorrendo entre pessoas com contato físico próximo com casos sintomáticos.

Com informações do repórter Ney Silva e da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab)

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ROQUIDEA SOUZA E SILVA

POPULAÇÃO FIQUE EM ALERTA, E VAMOS COMEÇAR UMA CAMPANHA ATRAVES DA INTERNET, O GESTOR DA NOSSA CIDADE TEM QUE AUMENTAR A FROTA DE ONIBUS QUE ESTÃO SUPER LOTADOS, MESMO COM A MASCARA É INSUFICIENTE SE PROTEGER, VAMOS A LUTA.

Keilla

Notícia bem elaborada! Como ela citou, é importante se preocupar com a transmissibilidade pois não é qualquer doença né. É importante a gente se cuidar e se protegermos e proteger os outros, para não se tornar uma doença igual o covid-19. Os sintomas são muitos, e é importante prestar atenção neles, para não se confundir! O que é mais chocante é essas erupções que aparecem na pele, uma coisa horrenda.

Socrates

Secretarias de saúdes inoperantes, descuidadas e despreparadas! Por acaso, as pessoas da comunidade são médicas ou enfermeiras? Quem vai manter seu parente isolado? Atos irresponsáveis!!!

Antônio Carlos

Quero saber se os donos de Feira de Santana irão obrigar os funcionários a trabalharem como fizeram com COVID-19

Crispiniano de Santana Silva

É bom acender o pisca alerta em relação este novo vírus que está circulando em nosso Estado começar a aletar a população Feirense sobre os perigos eminentes de transmissão e já esclarecer a conduta adequada para evitar a contaminação