Saúde

Paralisia de Bell: doença repentina pode ser confundida com AVC

Entre os sintomas, estão dores de cabeça, dificuldade para falar e perda da audição, além de metade do rosto paralisado.

Foto: iStock
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Há algumas semanas, o influenciador Gustavo Tubarão, de Minas Gerais, anunciou nas redes sociais que está sofrendo com a Paralisia de Bell, uma paralisia causada por vírus ou bactéria que “congela” metade da musculatura do rosto. 

Os sintomas foram repentinos: Gustavo foi almoçar e, de repente, sentiu algo estranho na boca. Ao se olhar no espelho, viu que seu lado direito do rosto estava todo paralisado. O influencer achou, por alguns instantes, que estava tendo um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Mas, afinal, o que é a Paralisia de Bell?

Em termos técnicos, a Paralisia de Bell faz com que diminua a contração (paresia) de alguns músculos, ou pare totalmente os músculos do rosto. Isso ocorre devido a uma interrupção da função do nervo facial, afetando o movimento das expressões e também as glândulas lacrimais e salivares. Ela pode afetar, inclusive, a gustação da língua e a contração do músculo estapédio, na orelha. Pode haver, ainda, dores e incapacidade para fechar os olhos (o que afeta o movimento de piscar).

O nome da doença é em homenagem a Charles Bell, anatomista e médico-cirurgião que descobriu a doença. As causas não são exatas; acredita-se, no entanto, que a doença pode vir em decorrência de infecções por bactérias (como a doença de Lyme) ou vírus que têm a capacidade de atingir os nervos da face, como o da herpes, tanto da herpes simples quanto da herpes zóster (catapora). O Epstein-barr, o citomegalovírus, o adenovírus, os vírus da gripe e os da rubéola também entram na lista.

Os estudos também apontam o estresse, mudanças na temperatura, baixa imunidade e otite média, entre outras, como possíveis causas que agravam a Paralisia de Bell. 

Entre os sintomas já descritos, os mais preocupantes são a secura dos olhos, as dores, que podem se intensificar quando o tratamento não é feito rapidamente, a perda da audição e a dificuldade para falar. Esta última, em especial, pode ser bastante comprometida, devido à impossibilidade de movimentar os músculos da boca. 

Para o tratamento, os médicos receitam medicamentos, porém não há um tratamento “padrão” para a doença, pois depende de como ela se apresentará no paciente e de outros fatores, como idade, doenças preexistentes, etc. 

No geral, são receitados anti-inflamatórios e analgésicos para a dor; e, para quem apresenta dificuldade para falar, recomenda-se tratamento com um profissional formado na faculdade de fonoaudiologia, pois são os especialistas na retomada e no desenvolvimento da fala. Paralelamente a um fonoaudiólogo, recomenda-se também um otorrinolaringologista para tratamento da surdez.

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