Feira de Santana

Reitor destaca ações que são promovidas pela Uefs para cuidar dos animais que vivem no campus

De acordo com o reitor, a Universidade também promove todos os meses, uma campanha de adoção, como forma de dar um lar digno aos animais.

Uefs
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Recentemente, o Acorda Cidade publicou uma matéria sobre um projeto social, que é promovido pelo grupo ‘Bichinhos da Uefs’, que tem como propósito, cuidar dos animais que residem na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Atualmente, o grupo necessita de doações para suprir as demandas dos animais, que muitas vezes são abandonados no campus universitário.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o reitor da Uefs, Evandro Nascimento, destacou que existe uma política institucional, para tratar sobre a presença dos animais, e principalmente, na prevenção de zoonoses.

“Nós temos uma política institucional para lidar com este problema, existem ações que demonstram um cuidado para não permitir que a população desses animais possa aumentar aqui em nosso campus e temos a contratação de um médico veterinário para realizar os processos de castrações, vacinas, monitorar a questão de vermifugação e manter essa população mais isenta possível dentro das zoonoses. Além disso, nós temos o cuidado com as rações, com dispositivos que ficam espalhados em diversos pontos da Universidade”, informou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

De acordo com o reitor, a universidade também promove todos os meses, uma campanha de adoção, como forma de dar um lar digno aos animais.

“Nós realizamos uma campanha aqui em nossa universidade, para que mensalmente, possamos ter uma cota de animais e que eles possam receber um lar digno, com tutores responsáveis, porque esta é uma ação até mesmo de diminuir esta população que hoje temos aqui. Caso esta campanha não fosse realizada, o número de animais seria muito maior, inclusive, aproveito para chamar a atenção das pessoas que desejam ter animais em casa, porque esta situação não é um problema específico da Uefs, é um problema social, e as pessoas devem entender que só se deve ter animal, caso tenha condições para criar este animal, porque se for pegar um animal, dar um lar, e depois não ter mais responsabilidade e deixar abandonado, é melhor não ter”, pontuou.

Com relação ao grupo ‘Bichinhos da Uefs’, o reitor informou que o grupo não procurou a direção da Universidade para dialogar com os projetos, e destacou que é necessário caminharem juntos para obterem um ótimo desenvolvimento dentro do campus.

“Esse grupo não procurou a Uefs, eu entendo que é um grupo voluntário, assim como já tivemos outros grupos aqui dentro da instituição, mas entendo que estes grupos não devem realizar projetos de forma aleatória. É necessário ter uma articulação com a instituição, dentro dos critérios de política institucional, e até convido estas pessoas, para que possam nos ajudar, fazendo este trabalho de apoio, de cuidado com os animais, porque a universidade pode caminhar em uma direção, e podemos ter grupos agindo de forma diferente, e acaba criando um ruído e não alcançamos os objetivos necessários”, concluiu.

Roberto Melo, é médico veterinário contratado pela Uefs. Ao Acorda Cidade, ele contou é feito um levantamento de dados mensalmente, para identificar se houve um aumento ou redução dos animais, presentes na Universidade.

“Desde o mês de março do ano passado, que a gente vem fazendo um levantamento, no sentido de aproximar o número de animais que vivem aqui dentro do campus. Atualmente, nós temos aproximadamente 39 animais caninos e 45 animais felinos. A gente começa a perceber uma oscilação, porque existem animais que também vão embora, animais que não nasceram aqui, vieram de fora, então todos os meses precisamos fazer este tipo de levantamento”, pontuou.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

De acordo com o veterinário, uma das possibilidades para estes abandonos, é a falta de recursos para manter o animal dentro de casa.

“Nós temos dois aspectos importantes, que é o fato da universidade está localizada em um bairro também residencial, como temos aqui o Conjunto Feira VI, e sabemos que as pessoas estão passando por um processo de pandemia, muitas vezes, não têm condições de comprar comida, rações, não têm condições de manter esse animal em casa, e estes animais acabam fugindo, saem em busca de alimentação e chegam aqui na universidade. Outro aspecto que é visto, são os próprios abandonos, as pessoas chegam aqui com sacolas, caixas e acabam deixando o animal aqui dentro e este aumento está sendo constante, e a partir do momento que este animal começa a encontrar alimento, ele não sai mais”, explicou.

Como forma de ‘frear’, o processo de reprodução dos animais, a Uefs está realizando o processo de castração de alguns animais.

“A partir desse levantamento que estamos fazendo, nós estamos identificando estes animais, e fazendo o processo de castração, tanto em fêmeas, quanto nos machos. Tudo está sendo organizado, e além disso, nós solicitamos a compreensão da própria sociedade que acaba abandonando os animais”, concluiu.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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