Dia da Caridade: grupos de Feira de Santana se mobilizam e ajudam os mais necessitados

Nesta terça-feira, dia 19 de julho, é comemorado em todo o Brasil o Dia da Caridade, que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a prática e difusão da solidariedade, como um meio para desenvolver um bom entendimento entre todos os seres humanos.

Em Feira de Santana, diversos grupos realizam ações sociais voltadas para as pessoas em situação de rua e em vulnerabilidade social, como é o caso do Centro Social Monsenhor Jessé, que faz parte da Arquidiocese de Feira de Santana.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o voluntário e um dos coordenadores da unidade, Fernando Mangabeira, informou que o Centro já atua na cidade há cerca de 12 anos, promovendo a segurança alimentar, entre outras atividades.

“Já são 12 anos de muitas lutas e batalhas, mas também de grandes realizações e alegrias, com o nosso objetivo de ter a presença da misericórdia e do amor divino, para os nossos filhos que estão em situação de rua e aqueles que estão em vulnerabilidade social. Nós oferecemos o almoço aqui de segunda a quinta, além de roupas, calçados, agasalhos, materiais de higiene pessoal, atendimento médico, documentos para encaminhamento para Centros de reabilitação, passagens e outras demandas que venham a surgir e que estão ao nosso alcance”, explicou.

De acordo com Fernando, o Centro contava com cerca de 30 voluntários, mas após a pandemia, este número foi reduzido.

“Antes da pandemia, o nosso Centro contava com uma média de 30 voluntários, porém boa parte deles eram mulheres, senhoras de idade, e tivemos um grande desafio, que foi adaptar as atividades com o número de voluntários, que nós tínhamos. Atualmente temos uma média de 6 até 10 voluntários, e sempre nesse período do inverno, é mais crítico, porque a população em situação de rua sente frio, sente mais fome, as fortes chuvas, então o papelão molha, não existem condições ambientais, aquele sono tranquilo já não existe e tudo se torna mais complicado. Então como forma de amenizar todos estes sofrimentos, nós realizamos as campanhas através das doações, e necessitamos de muito mais, principalmente de cobertores e agasalhos nesse tempo de frio, de inverno”, disse.

Segundo Fernando, as pessoas podem realizar doações na própria sede do Centro Social ou através de transferência bancária.

“Quem desejar fazer este ato concreto, nós estamos aqui em nossa sede próximo à praça da Matriz, mas aquelas pessoas que desejarem também nos ajudar através de transferências bancárias podem contribuir pelo Banco do Brasil, Agência 41-8, Conta Corrente 7707-0, ou através do nosso PIX, que é o CNPJ 16260762000167. Todas as transferências são em nome da Arquidiocese de Feira de Santana, e as pessoas devem enviar o comprovante para o nosso WhatsApp, (75) 99247-8617”, informou.

Outro grupo atuante no município é o FSA Invisível. Ao Acorda Cidade, a presidente do grupo, Júlia Vitória Leal, informou que uma campanha será realizada ainda neste mês de julho, e junto com outro grupo de Salvador, novos materiais também estão sendo arrecadados.

“No último dia 10 de julho, completou um ano da nossa primeira ação social aqui em Feira de Santana. Começamos com este projeto justamente no meio da pandemia, e com o principal objetivo de levar uma assistência às pessoas em situação de rua, porque a gente sabe que infelizmente, estas pessoas são desconsideradas pela sociedade, pelo governo municipal e pelo estado. No grupo do WhatsApp, nós temos 212 pessoas, que participam de forma direta e indiretamente, mas são voluntários que nos ajudam, principalmente na formação dos kits, que a gente chama de ‘kit dignidade’, onde colocamos materiais de higiene pessoal, como pasta de dente, escova de dente, pente, papel higiênico, preservativos, e nesse período do inverno, a gente está trabalhando junto com o grupo SSA Invisível, que é um grupo também formado lá em Salvador. Estamos arrecadando todos os materiais para que possamos realizar a entrega. Na última semana por exemplo, nós já conseguimos cerca de 200 moletons, então serão 100 unidades aqui para Feira de Santana, e mais 100 para Salvador. A cada 15 dias, sempre estamos nas ruas fazendo algum tipo de ação, e no mês passado por exemplo, nós reunimos diversas comidas típicas para entregar para todas as pessoas”, pontuou.