Os permissionários do Shopping Popular Cidade das Compras em Feira de Santana, realizam mais um protesto na manhã desta quinta-feira (14), após a energia de alguns boxes ser cortada e para cobrar uma resposta da prefeitura sobre a situação dos comerciantes que ficaram sem local para trabalhar.
De acordo com uma comerciante que não se identificou, o Consórcio autorizou o corte da energia, porque desde o mês de junho que alguns permissionários não pagam.
“A gente já vem falando há vários dias que os meses de junho e julho, com a cobrança do aluguel e o condomínio, fica inviável para o camelô arcar. Fechou a conta agora dia 15, e o consórcio chegou aqui e cortou a energia dos boxes. 200 boxes ou mais, e se não paga eles cortam. Hoje temos o Movimento dos Sem Boxes (MSB), porque até hoje nós não temos a definição se vamos continuar trabalhando dentro do Shopping ou não, por conta da inadimplência. Se a gente não paga, toma o box, e o que a gente vai fazer se não tem espaço na rua para trabalhar? É a pergunta que a gente faz para a prefeitura”, questionou a empreendedora.
Proprietária de um box de confecções femininas, Silene Araújo também participa da manifestação dos camelôs. Segundo ela, ainda está conseguindo pagar as taxas, mas teme que nos próximos meses com a falta de movimento não tenha mais condições.
“Eu ainda estou conseguindo manter mesmo atrasado, arcando com o compromisso. Mas a partir deste mês de julho o movimento é um fracasso, como sempre foi. Então daqui para a frente, para a gente arcar com esses compromissos vai ficar muito difícil. A maioria dos colegas, desde ontem está sem energia. Os boxes já estão sendo lacrados. Essa semana o prefeito nos deixou muito feliz, pois iria resolver o nosso problema, só que a surpresa a gente já está recebendo. E ele falou que terá que acionar a Justiça, que a gente sabe que é lenta e não temos tempo para esperar. Com isso as pessoas já estão ficando sem local para trabalhar. O que a gente sugere ao nosso prefeito é que enquanto ele resolve o nosso problema com a Justiça, ele nos dê um local para poder trabalhar. É daqui que tiramos nosso pão para levar pra casa, e pedimos ao prefeito que ele nos disponibilize um local até resolver esse problema”, declarou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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