Em 2019, 4 em cada 10 adolescentes que estavam cursando o 9o ano em Salvador (40,2%) afirmaram já ter sido vítimas de bullying na escola. Dez anos antes, essa proporção não chegava a 3 em cada 10 (era de 26,7%).
Cresceu a proporção de adolescentes do sexo masculino que sofreram bullying (de 30,6% em 2009 para 36,7% em 2019), mas o avanço do problema entre as estudantes do sexo feminino foi muito mais significativo. Em 2019, 43,7% das mulheres que estavam no 9o ano, em Salvador, sofreram bullying, frente a 23,8% em 2009.
Os dados são da Análise dos Indicadores Comparáveis da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009-2019, para as capitais brasileiras, divulgada nesta quarta-feira (13).
O estudo foi feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a pesquisa, esse aumento levou, em 2019, as mulheres a se tornarem proporcionalmente mais vítimas de bullying do que os homens pela primeira vez nos dez anos de série histórica da PeNSE.
O mesmo movimento foi verificado em todas as capitais, mas, apesar de elevado, o percentual de estudantes vítimas de bullying em Salvador (40,2%) foi apenas o 16o entre as 27, e a proporção entre as mulheres (43,7%) foi a 18a.
Em todos os anos da série histórica, a ocorrência de bullying é proporcionalmente mais relatada por estudantes da rede privada, mas o crescimento foi bem mais expressivo na rede pública de ensino. Em 2019, 41,2% dos adolescentes nas escolas particulares disseram ter sofrido bullying, frente a 39,8% em 2009. Nas escolas públicas, o percentual saltou de 24,5% para 39,8% nesses dez anos.
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