Foi sepultado na tarde desta segunda-feira (11), com a presença de familiares, amigos e colegas da Polícia Civil, o investigador Marcelo Ribeiro Falcão, de 51 anos, que foi morto a tiros por volta da 0h47 de hoje. O crime ocorreu na Rua Padre Manoel da Nóbrega, paralela à BR-116 Norte, no bairro Novo Horizonte, em Feira de Santana, enquanto a vítima retornava com seu veículo da zona rural.
A diretora do Departamento de Polícia do Interior (Depin), Rogéria Araújo, afirmou que Marcelo Ribeiro era querido por todos e a morte dele trouxe muita dor para a Polícia Civil.
“É um momento de muita dor para a Polícia Civil da Bahia, afinal foi um dos nossos que se foi. O sofrimento é grande, e mesmo assim a investigação e a aplicação da lei é o que a Polícia vem fazendo com muita dor no coração, mas estamos aqui solidários à família biológica dele. É muito difícil pra gente enterrar um irmão, mas vamos continuar nosso trabalho, porque é isso o que a sociedade espera. Não o conheci pessoalmente, mas todas as informações que recebi é que se tratava de um policial muito querido”, declarou Rogéria Araújo.
A delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Maria Clécia Vasconcelos, falou sobre a relação de Marcelo com o trabalho e sua dedicação.
“Ele vai ficar sempre presente. Eu vou continuar ouvindo a passada dele subindo a escada, a reclamação dele: ‘A senhora quer que a gente faça 10 coisas ao mesmo tempo?’. Isso está em cada um de nós, a presença marcante dele, e agora ele foi para os braços do Pai. É a única certeza que a gente tem, que essa vida é breve. Mas ninguém queria que fosse dessa forma. A gente segura. Marcelo não tinha cara feia. Se faltasse um policial, ele ia para o plantão, mesmo tendo trabalhado no ADM. Ele não parava”, recordou.
O coordenador regional de Polícia Civil da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (1ª Coopin), Roberto Leal, parabenizou a todos os colegas pela resposta rápida que deram na tentativa de elucidar o caso, quando dois homens suspeitos de terem assassinado o investigador foram baleados e mortos, após trocarem tiros com os policiais.
Segundo a Polícia Civil, os homens foram socorridos para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), mas não resistiram. Com eles, a polícia encontrou duas armas.
“Posso dizer com gratidão a todos os policiais que não houve necessidade que eu determinasse operação. Todos os policiais começaram a buscar informações, e juntamente com dados que havia sobre os autores, se uniram na região do Novo Horizonte e efetuaram ações importantes. É um momento difícil, mas temos que parabenizar o trabalho de todos os envolvidos, inclusive da Polícia Militar, através do Graer (Grupamento Aéreo). E o que nós sabemos é que esses indivíduos participaram, há uma suspeita bem forte em relação à participação deles, nós vamos agora juntar elementos de convicção, principalmente provas testemunhais, que já foram indicadas, provas técnicas, inclusive periciar as armas que foram apreendidas com eles para elucidarmos rapidamente esse crime”, afirmou o delegado.
Ele adiantou que Marcelo Ribeiro retornava da zona rural de Feira de Santana, pois costumeiramente fazia esse passeio.
“Nós não sabemos o que o levou a abandonar a BR e usar aquela via paralela, onde o fato ocorreu. Sabemos que os indivíduos chegaram, o abordaram e imediatamente efetuaram um disparo de arma de fogo, provavelmente o primeiro disparo que atingiu a vítima. Depois ele conseguiu se desvencilhar e logo em seguida foi brutalmente executado pelos algozes. As equipes continuam na busca pela arma e pelo celular que foram roubados do colega, e em breve daremos a resposta necessária”, afirmou.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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