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Na manhã desta quarta-feira (20) a Polícia Federal deflagrou a Operação Crédito Fácil, visando desbaratar uma quadrilha de estelionatários que deu prejuízo de R$ 3.731.342,60 as administradoras de cartão de crédito.
Ao todo são 18 mandados de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão a serem cumpridos nos Estados da Bahia, São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pela Justiça Estadual do Espírito Santo.
Os mentores das fraudes ligavam para os clientes das administradoras de cartão de crédito ou das empresas de telefonia, passando-se por empregados destas, com a finalidade de conseguir os dados que precisavam para articular as fraudes.
De posse dos dados pessoais de correntistas dos cartões tais como CPF, data de nascimento, nome completo, número do cartão, código de segurança, os líderes da organização criminosa ligavam na central de atendimento de telemarketing das operadoras de cartão de crédito, fazendo-se passar pelos verdadeiros clientes.
Durante a ligação, os criminosos verificavam o valor disponível para crédito, formas de parcelamento, juros cobrados, e em seguida faziam a solicitação do empréstimo, informando outra conta, aberta com documentos falsos, para depósito. Os criminosos, na posse de documentos falsos, iam até a agência bancária e retiravam o valor transferido pela administradora do cartão para a referida conta falsa informada.
As investigações tiveram início em agosto de 2010 pela Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais – DELEPAT da Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo, quando um grupo de estelionatários se deslocou da Bahia para o Espírito Santo para operacionalizar fraudes que já vinham praticando há vários anos.
Durante a investigação, detectou-se que nas diversas contas abertas pelo grupo, vários documentos de identidade traziam fotografia da mesma pessoa, algumas, tinham até o mesmo número.
Em Salvador foram cumpridos 2 mandados de prisão e 3 mandados de busca e apreensão. Os presos serão ouvidos na Superintendência da Polícia Federal na Bahia.
Os principais elementos da Organização Criminosa já têm passagem pela polícia, onde foram autuados por crimes de estelionato, falsificação e uso de documento falso.