Brasil

Motorista de Porsche envolvido em acidente que matou baiana paga fiança de R$ 300 mil

Agora, engenheiro vai para casa quando receber alta médica. A câmera de segurança de um prédio próximo ao local do acidente, no Itaim Bibi, gravou o momento em que o Porsche passa em alta velocidade

Acorda Cidade

O engenheiro Marcelo Malvio de Lima, 36 anos, pagou ontem (12) a fiança de R$ 300 mil, valor fixado pela Justiça para sua liberdade provisória. Lima era o motorista do Porsche que se envolveu no acidente que matou a advogada baiana Carolina Menezes Cintra Santos, 28 anos, na madrugada do último sábado (9).

A transferência do engenheiro do hospital São Luiz, onde está internado, para um hospital penitenciário havia sido pedida pela polícia, mas com a fiança paga o engenheiro sairá em liberdade depois de receber alta médica, o que deve acontecer ainda hoje – a família proibiu a divulgação do estado de saúde dele.

Na decisão da juíza Ana Carolina Della Latta Camargo Belmudes, além de afixar a fiança, fica determinado que o engenheiro não pode frequentar bares e casas noturnas, assim como sair de São Paulo sem avisar a Justiçaou sair do país, mesmo avisando. À noite, ele deve ficar sempre em casa.

 

Lima foi indiciado por homicídio doloso, quando intenção de matar. Ele dirigia o carro a 150 km/h no momento do acidente e tinha também sinais de embriaguez. Depois de bater no carro de Carolina, uma Tucson, ele perguntava o tempo todo sobre o estado do seu Porsche e em nenhum momento perguntou se havia alguém ferido. Testemunhas disseram que a advogada avançou o farol vermelho devagar, por volta das 2h45.

A câmera de segurança de um prédio próximo ao local do acidente, no Itaim Bibi, gravou o momento em que o Porsche de Lima passa em alta velocidadetão rápido que é possível ser visto em câmera lenta. Um quarteirão depois, ele atinge o carro da advogada baiana.

Filha de uma das famílias mais tradicionais da Bahia – Carolina era sobrinha-neta do médico e ex-governador do estado Roberto Santos, 84 anos, presente na cremação  – a advogada morava em São Paulo havia seis meses

“A família está sentindo muito. Ela era uma pessoa alegre, cheia de projetos. Muitos jovens têm a vida ceifada no trânsito, e esse deve ser um momento de reflexão para todas as famílias”, disse Cristiana Santos, prima da vítima.

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