por Vladimir Aras
Um cidadão estrangeiro, que não fala o idioma local, chega a outro país e passa a morar no aeroporto. Você já viu este filme. É O Terminal, com Tom Hanks, no papel de um viajante que desembarca nos Estados Unidos e não consegue entrar no país por problemas de documentação. Sem ter para onde ir nem como voltar para casa, monta acampamento num dos terminais do aeroporto JFK, em Nova Iorque.
A história da ficção aconteceu de verdade com R. W. P. Polonês de Cracóvia, o sr. P. chegou ao Brasil num voo oriundo de Londres em meados de junho. Sem dinheiro, sem hotel, sem passagem de volta, sem conhecidos no Brasil e sem saber falar qualquer palavra em português, o viajante ficou 15 dias ao léu, “morando” no aeroporto de Guarulhos.
Segundo a Folha de São Paulo, o desafortunado polonês veio ao Brasil a convite de um “amigo” (da onça, talvez), com a orientação de aguardá-lo no aeroporto por 2 dias. Quando retornasse deveria levar “dois celulares” de volta à Europa. Esquisito, não?
A esta altura o polonês já voltou para o Velho Continente, com a ajuda de seu consulado. Por pura especulação, diria que o caso parece um esquema de tráfico. É muito comum cidadãos de países europeus e africanos virem dar uma voltinha no Brasil e retornarem dias depois com pacotes de drogas ou com cápsulas de cocaína no estômago. Servem como “mulas”. Alguns são mesmo.