Feira de Santana

Final do 11º Festival de Sanfoneiros da Uefs reúne centenas de pessoas

Nesta edição, pela primeira vez a votação do júri popular foi realizada no formato on-line e o público presente no auditório

Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade
Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade

Na última quarta-feira (25), o público feirense teve a oportunidade de participar da final do 11º Festival de Sanfoneiros da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

O evento foi realizado no Auditório Central do campus universitário, onde reuniu mais de 800 pessoas. O Festival premiou sanfoneiros de quatro estados brasileiros em três categorias, como sanfona de até oito baixos, sanfona acima de oito baixos e infanto-juvenil, para sanfoneiro com até 14 anos de idade.

Ao Acorda Cidade, o diretor do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) da Uefs, Aldo Morais contou que este evento foi a realização de um grande sonho da equipe, que não pôde acontecer nos últimos dois anos, por conta da pandemia da Covid-19.

Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade

“Antes de mais nada, uma felicidade, porque depois de dois anos sem poder realizar o Festival de forma presencial, retomar ele com esse formato, que é o formato que propicia o contato do artista diretamente com o público é uma alegria, uma satisfação para nós e para o público, que sempre tem nos cobrado durante esses dois anos de suspensão do projeto. O Festival de Sanfoneiros há um bom tempo já se transformou em um dos eventos culturais mais significativos da cidade, a gente pode dizer assim. É um momento de celebração da nossa cultura, da nossa identidade sertaneja, nordestina, mas também de recebimento, escuta, e conhecimento e contato com outras musicalidades da sanfona. Nós tivemos sanfonas e estilos, sanfoneiros, artistas de todo o Brasil, isso nos enriquece, isso só abrilhanta o evento como um todo”, disse.

Participando pela segunda vez, a professora da Uefs, Jacqueline Araújo, contou que o evento conserva a cultura.

Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade

“A arte congrega, o que é a vida sem a arte? A arte cantada, a arte musical, a arte fotografada, e também retrata essa conservação dessa cultura, a importância é extrema. E além de tudo, nós estamos em uma universidade, uma universidade que preserva, que exalta essa diversidade, aqui nós vamos ouvir, nós vamos cantar, vamos tentar nos abraçar após o período pandêmico. A arte é essa consagração, a consagração do belo, a consagração dessa unidade na diversidade. Salve o forró!”, destacou.

Acompanhado da esposa, o comerciante Emanoel Santana, destacou à reportagem do Acorda Cidade, que o evento tem como principal objetivo valorizar toda cultura do Nordeste.

Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade

“Esse evento tem uma grande importância da valorização da questão das festas juninas e desses profissionais, e não pode morrer essa cultura. Isso é muito importante hoje para o nosso Nordeste, e valorizo muito, sou apoiador desse festival, porque são grandes talentos que são reconhecidos através desse trabalho, é muito importante”, disse.

Segundo o reitor da Uefs, Evandro Nascimento, a universidade tem como propósito resgatar toda a cultura nordestina, e destacou o retorno do evento em formato presencial.

Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade

“A Uefs tem sempre em mente trabalhar com ensino, a pesquisa e a extensão, tendo a proximidade com a realidade regional, e o Festival de Sanfoneiros tem uma proposta de fazer esse resgate e essa manutenção da sanfona e do sanfoneiro como figuras importantes da cultura nordestina. Nesse sentido, a realização do Festival dos Sanfoneiros cumpre esse papel de oferecer cultura para a sociedade feirense, ao mesmo tempo em que marca essa necessidade de nós contribuirmos com a valorização da cultura nordestina. E nesse ano de pandemia retornamos à realização da edição presencial, porque as últimas duas foram virtuais em função da pandemia, e tivemos a oportunidade de manter a celebração da vida e da cultura nordestina”, afirmou.

Na categoria até oito baixos o vencedor foi Ivison Santos Silva, de Caruaru, Pernambuco, e na categoria acima de oito baixos Vinicius Bianchini, de Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul, ficou com o prêmio.

Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade | Ivison Santos Silva

Ana Luzia Lindman, natural do município de Cristal, Rio Grande do Sul, também participou do evento.

Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade | Ana Luzia Lindman

O pequeno sanfoneiro Wendell Ayel também levou o prêmio de júri virtual, no valor de R$ 1 mil, concedido aos finalistas como resultado das visualizações nos vídeos dos candidatos publicados no Instagram do Cuca.

Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade | Wendell Ayel
Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade
Foto: Kaio Vinicius/Acorda Cidade

Com informações do estagiário Kaio Vinícius do Acorda Cidade

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