por vladimir Aras
O presidente da Bolívia Evo Morales se diz amigo do Brasil, mas vem aprontando das suas. Em 2006, mandou suas tropas invadirem propriedade da Petrobras e expropriou ativos dessa sociedade de economia mista brasileira. Ficou por isto mesmo.
Agora em jun/2011, o presidente boliviano surge com outra ideia imoral. Autorizou, por lei, a regularização de veículos receptados ou contrabandeados, os chamados “chutos”. Antes de toda receptação, há um furto ou um roubo. Às vezes, uma morte. Automóveis brasileiros são subtraídos em nosso território e levados para a Bolívia, onde são adquiridos por pessoas simples e também por gente da classe média e indivíduos abastados. Morales pretende fazer um agrado a essas pessoas, mediante uma anistia geral aos receptadores.
Esta medida (i)legal não ajuda a América do Sul e afasta a Bolívia do propósito de criar uma área de Justiça, Segurança e Liberdade no Mercosul, ente no qual seu país é observador. Enquanto a Bolívia alimenta a delinquência, o bloco regional se movimenta para fortalecer seus mecanismos de combate ao crime organizado, mediante a centralização de suas bases de dados sobre informações criminais e mediante a criação do Mandado Mercosul de Captura (uma ordem de prisão transnacional) e agora com o projeto de unificação de matrícula veicular, que auxiliará a prevenção, a maior fiscalização e a repressão aos delitos de roubo e furto de veículos nas fronteiras do Mercosul.
Esses carros roubados no Brasil podem servir para a aquisição de pasta base de cocaína, cocaína refinada, seus derivados, armas e munições. Algumas vezes, os crimes de subtração custam a vida de brasileiros. Sempre esses delitos prejudicam empresas seguradoras nacionais e o patrimônio de milhares de brasileiros.
A iniciativa criminógena adotou o pomposo nome de Ley de Regulación y Saneamiento Vehicular. A legalização dos “chutos” é um novo chute na cara do Brasil