Comemorado nesta quinta-feira (19), o Dia Mundial da Doação de Leite Humano, busca incentivar a doação deste alimento, que é essencial no desenvolvimento de bebês.
O leite materno é rico em proteínas, lipídios e carboidratos, além de atuar na imunidade da criança e no ganho de peso.
Ao Acorda Cidade, a nutricionista do Hospital da Mulher, em Feira de Santana, Laine Kercia Freitas Rodrigues, destacou os benefícios que o leite materno tem na saúde de um recém nascido. De acordo com ela, a alimentação da mãe, também pode influenciar na amamentação.
“Quanto mais a mãe se alimenta, tende a ter uma estimulação para que haja maior produção. Caso ela não esteja se alimentando adequadamente, ela não terá uma boa nutrição e isso provoca uma redução também na produção do leite materno. Nós temos vários nutrientes desde os macros, até os micro. Então são proteínas, carboidratos e lipídios que fazem parte dos macro nutrientes, já os micro nutrientes, são as proteínas, os sais minerais, além das imunoglobinas que são fatores de defesa que o leite materno oferece”, afirmou.
De acordo com a nutricionista, o bebê que não consume o leite materno, corre o risco de desenvolver problemas de saúde, principalmente gastrointestinais.
“Segundo Ministério da Saúde, e a OMS prioriza isso, o aleitamento materno deve ser exclusivo até o sexto mês e complementar até os 2 anos de idade ou mais. Caso este bebê não consuma o leite materno, riscos podem existir para para ele, porque o intestino não está preparado para receber outro alimento. Esse bebê pode vir a desenvolver algumas intolerâncias, algumas patologias gastrointestinais que vão atrapalhar o desenvolvimento dessa criança, então é recomendado que o bebê seja amamentado até o sexto mês exclusivo com leite da mãe e logo após os seis meses começa a introdução da alimentação complementar”, explicou.
A coordenadora do Banco de Leite Humano, Nadja Vieira, informou à reportagem do Acorda Cidade, que existem estudos comprobatórios, confirmando que crianças que fazem o uso do leite materno, não apresentam problemas respiratórios, nem gástricos.
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“Existem estudos que comprovam que a criança que é amamentada exclusivamente até os seis meses, são crianças que não apresentam problemas respiratórios, problemas gástricos, são crianças mais inteligentes, são crianças que no futuro não vão ter hipertensão nem diabetes. Então o leite materno protege o intestino da criança para alimentação futura. É importante que o bebê quando acaba de nascer, seja colocado pele a pele junto com a mãe, para que essa criança já inicie o aleitamento materno na sala de parto, porque existem estudos que comprovam que a criança que é amamentada de imediato nas primeiras horas de vida, tem sucesso no aleitamento materno também”, informou.
Doação
De acordo com Nadja Vieira, o Banco de Leite Humano do Hospital da Mulher, utiliza cerca de 50 litros de leite materno por mês.
“Nós estamos atualmente com um estoque de 338 litros, porém é importante dizer à comunidade, que utilizamos em média, 50 litros por mês com doações. Somente no mês de abril, nós distribuímos 49 litros, mas em compensação, coletamos cerca de 73 litros das mães externas que são doadoras. As mães que também desejarem fazer estas doações, podem entrar em contato com a gente pelo (75) 3602-7156, onde iremos com a nossa equipe, na casa desta mãe para fazer a coleta, e as pessoas que também tiverem frascos e queiram fazer as doações, recebemos os frascos de vidro com tampa plástica”, informou.
Ainda segundo Nadja Vieira, 58 mães estão cadastradas no Banco de Leite Humano.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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