Gabriel Gonçalves
Uma nova manifestação foi realizada na manhã desta quinta-feira (12), pelos professores da rede municipal e membros do Sindicato dos Professores (APLB) em frente a Secretaria Municipal de Educação (Seduc).
Em entrevista ao Acorda Cidade, a presidente da APLB, Marlede Oliveira, explicou que ainda não houve um retorno por parte da prefeitura com relação ao pagamento dos professores referente aos meses de março e abril.
"Até o momento não resolveu nada. Nós entramos em greve para discutir uma pauta de reivindicação, como o pagamento integral dos salários, porque desde 2020 que o prefeito Colbert Martins cortou o salário dos professores durante um ano. Nós fomos para a justiça, teve decisão favorável, ele entrou com recurso e agora desde o dia 3 de fevereiro que nós temos uma decisão do Tribunal, que não é para mais para ter salário parcelado e o prefeito continua fazendo esta perversidade com a nossa categoria. Até hoje os professores não viram parte do seu salário de março, que ele iria pagar na semana passada, prometeu que pagava, pagou só uma parte e a outra não. Hoje ainda está sem pagar parte de março e parte de abril, então como é que o professor trabalha sem receber?", questionou.
Foto: Divulgação/APLB
Segundo Marlede Oliveira, muitas escolas continuam sem os devidos materiais, como as carteiras.
"O prefeito precisa explicar o que é que ele está fazendo com os recursos da educação porque isso nunca aconteceu em Feira de Santana. As escolas estão sem professores, e se os professores efetivos estão sem receber os salários, imagine os professores que são do Reda. Estamos com várias escolas sem merenda, sem carteira, a escola José Tavares por exemplo em Maria Quitéria, fomos lá tem oito dias, está faltando 140 carteiras só mandaram 44. A escola funciona três dias sim, dois dias não, e tem várias escolas que estão funcionando alternadamente por falta de professores, de carteiras, de funcionários, de merendeira, então está um caos na educação e o prefeito vai para imprensa e fica alarmando que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é baixo em Feira, que é culpa do professor", afirmou.
Sem retorno por parte da secretaria de Educação, a presidente da APLB, informou à reportagem do Acorda Cidade, que novos atos serão realizados entre os dias 17 e 19 de maio.
"Ficamos durante a manhã inteira, a professora Anaci não apareceu para dizer que dia vai pagar o restante do salário de março e o restante do salário de abril, e a gente está na imprensa colocando nota cobrando e as pessoas estão achando que a APLB está fazendo política, porque o prefeito disse que é politicagem. Quer dizer que o professor não recebe seu salário, tem professor passando necessidade sem pagar as suas contas, trabalhando sem receber salário isso é politicagem? Ele é político, tem partido, tem tudo. A gente vai para rua na próxima semana, já temos a nossa manifestação marcada de paralisação a partir da próxima terça-feira, 17, 18 e 19 de maio", concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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