Pela primeira vez na história do PSOL a sigla não lançará candidatura própria para disputar a presidência do país. O apoio do Partido Socialismo e Liberdade à candidatura de Lula foi oficializado, na tarde de sábado (30), durante Conferência Eleitoral, realizada em São Paulo.
Presente à Conferência, o pré-candidato ao Governo da Bahia pelo PSOL, Kleber Rosa, destacou que a decisão da sigla em não lançar candidatura própria à Presidência da República é inédita. O psolista frisa que o partido sempre apresentou candidaturas e Programa de Governo. "O nosso apoio à candidatura de Lula expressa o grau de nocividade do bolsonarismo ao processo político brasileiro. Expressa a urgência dessa conjuntura eleitoral marcada pelo avanço das forças conservadoras, do fascismo, do ataque aos direitos trabalhistas e pelo cenário de fome que aflige a população brasileira", lamenta o cientista social.
Entretanto, Kleber Rosa salienta que não foi uma decisão fácil por causa do "arco de alianças" que Lula vem construindo para disputar o processo eleitoral deste ano, principalmente, em relação à presença de Alckmin na chapa. Segundo o postulante ao Palácio de Ondina, esse foi o aspecto mais problemático e que ocupou mais espaço nos debates da Conferência Eleitoral deste sábado (30). "O partido já tomou a decisão e agora vamos seguir unificados e oferecer mais um palanque a Lula na Bahia. Esse é o nosso desafio e vamos cumprí-lo devido ao compromisso que temos com a militância e com o futuro do Brasil", garantiu o pré-candidato e professor da rede estadual de ensino.
O PT acolheu os eixos programáticos colocados pelo PSOL como condição para o Partido Socialismo e Liberdade selar o apoio à candidatura de Lula que encontram-se na plataforma “Direito ao futuro: diálogos do PSOL para reconstruir o Brasil”. A revogação da Reforma Trabalhista, da Reforma da Previdência, do Teto de Gastos e a necessidade de um novo marco fiscal são algumas das principais propostas do PSOL ao Programa de Governo de Lula.