Laiane Cruz
O mês de abril foi dedicado à prevenção contra a crueldade animal, através da campanha Abril Laranja. A iniciativa foi criada pela Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade a Animais (ASPCA), que hoje é abraçada internacionalmente.
A ideia é conscientizar a população sobre a causa animal, que merece um tratamento digno e políticas públicas voltadas para isso.
Foto: Arquivo Pessoal
Moradora da Rua Alto da Serra, no bairro SIM, a ativista Maria Cristina Mascarenhas lamentou, em entrevista ao Acorda Cidade, o fato de muitas pessoas não compreenderem a importância da proteção aos animais.
Segundo ela, há muitos animais na rua onde mora que são vítimas de maus-tratos, e ela busca alimentá-los e auxiliá-los no que for possível.
“Eu creio que a campanha é para todo sempre, enquanto isso existir. Fico muito triste com a postura de algumas pessoas. A proteção dos animais de rua é uma coisa muito simples, mas as pessoas, em sua grande maioria, não conseguem entender que os animais precisam de proteção, de ajuda, são abandonados, andam nas ruas famintos, são maltratados e eu não consigo vê-los com fome e não ajudar, não suprir com um pouco de água, quando eles tem sede, e com um pouco de comida quando eles estão famintos, molhados, maltratados, sozinhos e abandonados.”
Maria Cristina diz que apesar das críticas que sofre, até da própria vizinhança, faz o que pode para ajudar os animais nas ruas.
“Essa luta, essa necessidade, é somente por uma questão pessoal, uma identificação, que eu não gosto de ver sofrendo. O ser humano, na realidade, é um único ser neste planeta que é perigoso de verdade. O homem mata sabendo que está matando, machuca sabendo que está machucando, maltrata sabendo que está maltratando, nenhum animal faz isso, só se se sentir encurralado, ameaçado, fora isso eles não fazem”, salientou.
Filha de Cristina, a professora de dança Mariana Figueirêdo, também se identifica com a causa e lembrou que em Feira de Santana existe a Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB (CPDA) criada em 2014, através da portaria nº 01/2014. “Os advogados da CPDA atendem recebimento de denúncias e promovem orientação sobre legislação e direito em defesa dos animais.”
Além disso a cidade conta também quatro Ongs atuantes na defesa e proteção animal na cidade. São elas a APA, Patinhas de Rua, Patinhas Alegres, Mãos Solidárias, além de diversos protetores independentes.
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