O deputado estadual Robinson Almeida (PT) avaliou, em entrevista à Rádio Excelsior da Bahia, nesta segunda-feira (25), que há possibilidade real da terceria via no estado, representada pelo pré-candidato ao governo, João Roma (PL), tirar o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), da polarização contra o pré-candidato Jerônimo Rodrigues (PT) na disputa eleitoral pelo Governo do Estado. O vice-líder do governo Rui Costa na Assembleia Legislativa considera que a polarização nacional, entre as candidaturas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT), deve refletir na Bahia, impulsionando as candidaturas de João Roma e Jerônimo Rodrigues. Segundo ele, o fato do ex-prefeito da capital, ACM Neto, não atrelar sua candidatura a algum nome na disputa nacional deve deixá-lo em terceiro lugar na disputa estadual.
"A história política da Bahia prova que a eleição nacional repercute na estadual. E isso tende a desindratar a candidatura do ex-prefeito de Salvador que deve ser ultrapassado pelo ex-ministro João Roma. Este deve polarizar a disputa na Bahia com Jerônimo Rodrigues, como Bolsonaro polariza com Lula nacionalmente", previu o petista, em conversa com Almir Santana, no programa Acorda Pra Vida.
Robinson Almeida também ironiza as pesquisas que apontam ACM Neto na liderança das intenções de voto. Desde o ano passado que o ex-prefeito da capital está com sua pré-candidatura na estrada, ao contrário dos seus oponentes. Levantamento divulgado hoje pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta Neto com 55,4%, já Jerônimo Rodrigues, alçado candidato em março pelo ex-presidente Lula, alcançou 16,1%, crescendo 12% em um mês e ficando na segunda posição, sem vinculação com a candidatura nacional. Já a pesquisa Quaest/Genial, encomendada pela CNN e divulgada nesta segunda-feira, aponta que 53% do eleitorado baiano dá preferência a candidatos apoiado por Lula.
"A história também prova que, no nosso estado, a oposição ganha nas pesquisas e o PT no voto. A oposição queima na largada, o time de Rui e Lula é de chegada. Isso é que vai prevalecer, essa é a tendência", concluiu.