Maylla Nunes
Com a entrega ao Governo Municipal resultante da economia feita pelo Legislativo ao longo de 2021 no valor de R$ 2,4 milhões para a segurança pública, mas sem o retorno do investimento, o presidente da Câmara de Feira de Santana, o vereador Fernando Torres (PSD), decidiu não devolver o recurso deste ano à prefeitura municipal.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Fernando Torres destacou que o motivo pelo qual a Câmara não devolverá a verba, que pode chegar ao total de R$ 3 milhões, é porque o valor doado em 2021, até o momento, não foi investido no município.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade
“No ano passado, economizamos R$ 2 milhões e 400 mil. Esse ano, devemos economizar entre R$ 2 milhões e 500 mil a R$ 3 milhões. Ainda no ano passado, pedimos para que o prefeito investisse o dinheiro em segurança pública, já que Feira de Santana é a cidade mais violenta do Brasil, mas a prefeitura até agora, nada. Depois, ele disse que a segurança pública é uma obrigação do estado. Mas, se formos comparar com outro município da Bahia, Vitória da Conquista não é a cidade mais violenta. É Feira de Santana. O governador de lá é o mesmo de cá e, por isso, está claro que nosso município precisa de segurança pública. A prefeitura não quer reconhecer.”
O vereador disse ainda que o objetivo da doação era a locação de 50 viaturas ao município para serem entregues aos órgãos de segurança pública. Porém, com a falta de investimento do recurso do ano passado, a economia de 2022 será destinada à reforma da Câmara Municipal.
“A minha ideia foi locar 50 viaturas. 30 delas poderiam doar à Polícia Militar, 10 à Polícia Civil e mais 10 seriam doadas à Guarda Municipal. Ele disse que ia investir em outros setores, mas até o momento, a câmara aguarda esses investimentos. Disse que ia investir na saúde e na educação, mas nada. Devido a isso, não vamos devolver. Vamos reformar a Câmara, tem mais de 20 anos que a Casa fez uma reforma, precisa consertar o telhado, precisa fazer várias mudanças e essa economia vamos reformar a Câmara”, finalizou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade