Feira de Santana

APLB realiza assembleia com professores nesta segunda-feira (11); justiça mandou suspender greve

Segundo a APLB, quem decide pela suspensão da greve ou não são os professores em assembleia.

Andrea Trindade

Em greve há mais de uma semana, professores da rede municipal de ensino de Feira de Santana participam de uma assembleia na próxima segunda-feira (11), na sede da APLB Sindicato, localizada na Rua Barão de Cotegipe.

O encontro será às 9h para discutir os rumos do movimento e, na oportunidade, será avaliada a decisão judicial que determinou a suspensão da greve. A multa em caso de descumprimento é de R$10 mil por dia.

Ao Acorda Cidade a presidente do sindicato, Marlede Oliveira, informou que a entidade ainda não foi notificada, mas que o sindicato já entrou com recurso de agravo no Tribunal de Justiça e vai dialogar com os professores sobre qual decisão será tomada. “O que a categoria decidir o sindicato vai acatar”, garantiu.

A liminar foi publicada sexta-feira (8) e, além da suspensão da greve com retorno imediato das aulas, o desembargador Adenilson Barbosa do Tribunal de Justiça da Bahia, autorizou a Prefeitura de Feira de Santana a descontar na folha de pagamento os dias não trabalhados.

O desembargador considera “patente o risco de dano irreparável ou de difícil reparação para toda a população local, alijada dos serviços educacionais, podendo vir a comprometer o calendário letivo”.
Marlede Oliveira informou que quando entrou com a ação, a prefeitura pediu multa de R$ 200 mil reais e demissão de professores.

“Ainda não fomos notificados, mas nós sabíamos que o governo tinha entrado com ação com algumas colocações absurdas, por exemplo, tirar o consignado do sindicato, demitir professores, multa de R$ 200 mil e várias questões que nunca vimos aqui um prefeito entrar com uma liminar contra trabalhador, daquela forma. Mas o desembargador tomou uma decisão pela suspensão da greve, multa de 10 mil reais e corte de salários”, informou.

A sindicalista ressaltou que quem decidiu pela greve não foi a APLB, mas todos os professores que compareceram à assembleia e serão os professores que decidirão se voltarão às aulas ou não.

“A decisão da greve não é decisão do sindicato, o Acorda Cidade acompanhou várias vezes as assembleias lotadas com quase 600 professores. Então, é a decisão da categoria. A categoria tem toda a sabedoria e autonomia para nesta segunda-feira fazer uma avaliação de tudo que nós passamos e decidir a continuidade do movimento ou não. A direção do sindicato não pode decidir se continua a greve ou se encerra a greve, é uma decisão da categoria, porque entramos em greve dia 31 de março em assembleia, como está no estatuto”, ressaltou a presidente da APLB Feira.

De acordo com a secretaria Municipal de Comunicação (Secom), o Governo Municipal garantiu aos professores a adequação do piso salarial da categoria, retroativo ao mês de janeiro, e o reajuste de 5% a partir de maio para os demais professores cujos vencimentos já ultrapassam o piso.

Pauta de reivindicação da categoria:
Precatórios do Fundef
Reajuste salarial de 33,23%
Enquadramento, Licença Prêmio e Pecúnia
Mudança de Referência
Pagamento integral dos salários.
Reforma em escolas
Denuncia a falta de professores e funcionários
Denuncia a falta de merenda escolar e materiais.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
 

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