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No mês de março o índice de preços dos combustíveis em Feira de Santana apresentou um aumento de 5,69% em relação ao mês de fevereiro de 2022, a maior alta desde novembro do ano passado. Essa variação do índice foi impactada pelo preço do diesel, da gasolina, do etanol e do GLP que aumentaram 12,19%, 7,54%, 5,19% e 4,33%, respectivamente. Por outro lado, o preço do GNV apresentou uma queda de 1,67%.
A despeito do aumento mais moderado do preço do etanol em relação ao preço da gasolina, a relação entre os preços médios do etanol e da gasolina permanece elevada (0,74), o que faz com que o etanol permaneça pouco atrativo para o consumidor feirense que possui veículos flex. Os preços médios de cada combustível coletados no mês de março foram os seguintes: gasolina (R$7,16/l),diesel (R$6,32/l),etanol (R$5,29/l), GNV (R$ 4,06/m³) e botijão de 13Kg de GLP (R$ 93,72).
Variação do índice de preços dos combustíveis e seus componentes em
Feira de Santana, março/2022. Base de comparação: fevereiro/ 2022
A equipe do Programa Conhecendo a Economia Feirense da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) destaca que é improvável que haja uma queda sustentada nos preços dos combustíveis em Feira de Santana neste segundo trimestre de 2022, mesmo com fortes indícios de que haverá interferências políticas na Petrobrás visando uma diminuição forçada do preço dos combustíveis em todo país.
Variação acumulada do índice de preços dos combustíveis em 12 meses
e seus componentes em Feira de Santana. Base de comparação: março/2021
Na verdade, os preços dos combustíveis estão sob pressão porque o preço do Petróleo no mercado internacional tem subido fortemente desde o último mês de dezembro, especialmente devido a oferta da commodity não ter acompanhado o consumo global. Além disso, a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia sugere que o preço do Petróleo deve manter-se acima de 100 dólares por barril neste mês de abril. Neste contexto, o preço do petróleo em reais continuará em nível elevado, mesmo com a benéfica queda no preço do dólar norte-americano verificada nos três últimos meses, queda esta que pode até mesmo compensar a alta do preço do petróleo no mercado internacional.