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O ex-juiz Sergio Moro anunciou na tarde desta quinta-feira (31) a decisão de deixar o Podemos e se filiar ao União Brasil .
O anúncio foi feito em um hotel na Zona Sul da capital, onde Moro assinou a ficha de filiação à sigla. Ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Moro havia se filiado ao Podemos em novembro do ano passado, pouco mais de um ano após deixar o governo federal, em abril de 2020.
Segundo o deputado e vice-presidente União Brasil, Júnior Bozzela, Moro se colocou à disposição do partido, que vai definir o “melhor lugar pertinente onde ele possa se encaixar”.
“Ele estava habilitado a concorrer a diversos cargos, trouxe o domicílio eleitoral pra São Paulo. Ele vem pra somar, tem 10% nas pesquisas”, disse.
Na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (24), Sergio Moro registrou 8% das intenções de voto para a eleição presidencial de 2022 em todos os cenários cogitados.
Moro ganhou notoriedade nacional como juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba durante a Operação Lava Jato. Ele deixou a magistratura para aceitar o convite de Jair Bolsonaro (PL) para o Ministério da Justiça, mas abandonou o cargo de ministro após acusar Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal.
A possibilidade de Moro desistir da candidatura à presidência e optar pela disputa para a Câmara dos Deputados foi apontada pelas jornalistas Ana Flor, Andréia Sadi e Natuza Nery. O União Brasil, partido resultante da fusão entre DEM e PSL, teria determinado, como condição à filiação de Moro, a desistência da corrida presidencial.
A mudança de partido ocorreu apenas um dia depois de a esposa de Sergio Moro, Rosângela Moro, se filiar ao Podemos em São Paulo. Natural do Paraná, Rosângela transferiu seu domicílio eleitoral e anunciou a filiação nesta quarta (30).
Além de Sergio Moro, outro político que se filiou recentemente ao União Brasil foi o deputado estadual Arthur do Val. Ele se filiou na última terça-feira (29). O deputado havia sido desfiliado da antiga legenda, o Podemos, em março, após o vazamentos de áudios sobre refugiadas ucranianas, durante uma viagem de integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) ao país em conflito.
Fonte: g1
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