Preço nas Farmácias

Medicamentos devem aumentar em abril; veja cinco caminhos para minimizar o impacto

As previsões do mercado é que esse aumento fique acima de dois dígitos, impactando ainda mais as finanças dos brasileiros.

Acorda Cidade

Os medicamentos devem sofrer um aumento nos próximos dias, a previsão é que os novos valores passem a vigorar a partir do dia 1º de abril, com a autorização pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão vinculado à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). As previsões do mercado é que esse aumento fique acima de dois dígitos, impactando ainda mais as finanças dos brasileiros.

Esse aumento deve aumentar ainda mais a preocupação do consumidor nas compras nas farmácias, que já é grande. Segundo a 5ª Edição da Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil finalizada em 2022, realizado pelo Ifepec – Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa – em Parceria com a Unicamp, em 2022 o consumidor está mais atento para economizar em compras nas farmácias.

Para pesquisa foram entrevistados 4.000 consumidores em todo o país. Dentre os pontos apontados na pesquisa, uma mudança no perfil em relação aos outros anos é que mais consumidores afirmam que o preço foi o principal fator para a escolha da farmácia, atingindo 79,9% dos entrevistados. No ano anterior esse número era de 75,4%.

Além disso, mais de 86% dos consumidores entrevistados reportaram participar de algum programa de fidelidade, o que comprova que essas ações continuam em alta.

Um dos pontos de destaque do levantamento foi a queda na cesta de produtos adquiridos pelos consumidores e, consequentemente, diminuição do ticket médio de vendas.

“Segundo os dados da pesquisa que é realizada anualmente, com consumidores de forma presencial, se percebe alguns importantes e relevantes reflexos da diminuição de poder aquisitivo da população. Atualmente se compra menos unidades por visitas às farmácias e se busca produtos de preço menor, com isso a redução do ticket médio é bastante significativa”, aponta o presidente da Febrafar, Edison Tamascia.

Percebe-se que a quantidade de unidades adquiridas em uma cesta de compra que era de três produtos na média em 2020, passou para 2,6 em 2021. O ticket médio também caiu consideravelmente, passando de R$55,02, para R$43,71, uma redução de 19%. Por fim, os consumidores priorizaram itens com preços menores, sendo que o valor médio por item passou de R$18,00 para R$16,81.

O objetivo central dessa pesquisa sempre foi de analisar o perfil de consumo nas farmácias. "Fazer uma pesquisa sobre o retrato real do comportamento dos consumidores no varejo farmacêutico nacional é primordial para apoiar as iniciativas internas. Com dados atuais à disposição, podemos estruturar nossas estratégias e dessa forma sermos mais assertivos", destaca Edison Tamascia, presidente da Febrafar.

Como economizar?

Assim, a pergunta que fica é: O que fazer na situação atual para comprar medicamentos? "Mesmo tendo os medicamentos preços tabelados é possível economizar nessas comprar. Uma coisa que poucas pessoas sabem é que se tabela apenas o valor máximo dos medicamentos, mas o mínimo as farmácias podem estabelecer de acordo com suas estratégias comerciais", analisa o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos.

Para auxiliar os consumidores, veja orientações elaborados por Reinaldo Domingos sobre como economizar na compra desses produtos:

1. Pesquise preços

Busque conhecer o preço em outras farmácias, é interessante pesquisar, pois os preços são realmente muito diferentes, sem contar que no final das contas uma drogaria pode cobrir o preço da concorrência. Aconselho que o consumidor faça um cadastro de fidelidade e participe de programas de aquisição de medicamentos, pois a prática pode resultar em descontos futuros.

2. Defina o que quer comprar

É importante ter bem claro o que se deseja comprar na farmácia. Por isso se atenha a uma lista pré-definida de produtos, evitando comprar por impulso, o que é muito comum nos dias de hoje.

3. Pesquise genéricos e similares

Na grande maioria das vezes os medicamentos genéricos ou similares são mais em conta, assim a orientação é sempre buscar por essa alternativa nas farmácias e quando o médico for elaborar a prescrição, solicite que coloque o princípio ativo em vez da marca. Pesquise também entre laboratórios, pois os preços são variados.

4. Cadastre-se no programa Farmácia Popular

Muitas farmácias possuem um programa governamental chamado Farmácia Popular, esse oferece medicamentos gratuitos de hipertensão, diabetes ou asma para pessoas que possuem cadastro e receita. O programa também possibilita descontos de até 90% mais baixos. É necessário apenas ir a uma farmácia credenciada, apresentar a receita – que não precisa ser de um médico do Sistema Único de Saúde (SUS) – e a identidade para conseguir pegar medicamentos com desconto.

5. Utilize programas de fidelidade

A grande maioria das farmácias possui programas de fidelidades com grandes benefícios. Mas além disto existem os programas dos laboratórios, faça seu cadastro, pois são aceitos em muitas farmácias, gerando economia de até 70%. Veja se sua empresa, plano de saúde, sindicato ou associação de classe profissional não possui parceria com alguma rede.

Sobre a Pesquisa

A Pesquisa Sobre o Comportamento do Consumidor em Farmácias no Brasil – Edição 2022 foi aplicada pelo Ifepec (Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa) em parceria com o Neit – Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia, do Instituto de Economia da Unicamp.

Para a realização do levantamento foram entrevistados quatro mil consumidores nas imediações das farmácias, após efetuarem suas compras. Os estabelecimentos foram selecionados de acordo com os agrupamentos a qual pertencem, segundo dados da IQVIA.

 

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