Os atrasos nos vencimentos de servidores terceirizados da saúde em Feira de Santana se deram pelo repasse tardio da Prefeitura às empresas responsáveis pelo pagamento. A afirmação foi confirmada pela coordenadora do RH da Fundação ADM, Tatielly Alves dos Reis Silva, que testemunhou na oitiva da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde realizada nesta sexta-feira (25), pela Câmara Municipal de Feira de Santana. Segundo Tatielly Alves, a Fundação ADM é uma empresa sem fins lucrativos, e, desta forma, depende das verbas do Executivo Municipal para efetuar o pagamento dos servidores. “Se a Prefeitura não paga, não temos como fazer o repasse”.
Questionada sobre a admissão de funcionários da saúde por indicações da Prefeitura, ela nega ter conhecimento desta suposta prática. Coordenadora do setor de Recursos Humanos da empresa desde 2020, Tatielly Alves, afirma que o processo da contratação se dá pela análise de currículos, aplicação de provas e entrevistas. Quanto aos desligamentos, ela esclarece que são motivados pela conduta irregular do servidor ou a pedido deste. Também são exonerados os funcionários que tiverem os contratos finalizados, acrescenta.
Durante a oitiva, duas propostas de requerimentos sugeridas pelo relator, vereador Professor Ivamberg (PT), foram aprovadas para garantir o andamento das investigações. A primeira solicita que a Fundação ADM encaminhe os documentos que comprovem as informações sobre o processo de contratação de funcionários. Já a segunda, pede que a empresa envie comprovantes de todos os pagamentos efetuados, incluindo quantas vezes foram realizados com atraso.