Andrea Trindade e Laiane Cruz
Os feirantes da Feirinha da Estação Nova estão reclamando que, apesar do movimento, os consumidores estão comprando menos devido ao aumento nos preços dos alimentos. Ao Acorda Cidade, eles disseram que os clientes têm feito mais pesquisa de preço e que reclamam bastante dos reajustes.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
A feirante Cássia Mascarenhas vende frutas e informou ao Acorda Cidade que compra a unidade do melão por 15 reais, a caixa da uva custa R$ 170 e a caixa de mamão sai por R$ 85. “Os clientes procuram, mas quando veem os preços altos não querem. A gente explica que os preços subiram e a gente precisa repassar”, declarou.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
A vendedora Maria Paulina Alves comercializa tempero verde. Ela disse que o preço de tudo aumentou e que as variações climáticas contribuíram para esse aumento.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
“Teve muita chuva, mas logo depois vinha o sol muito quente, aí prejudica as hortaliças e, quando vem, são de fora. Chegam muito caras, e a gente tem que repassar o preço. Não tem nada a ver com a guerra, é a chuva. A alface a gente comprava por 2 reais e agora subiu para 3, o coentro a gente comprava por 5 reais e agora custa 20 reais, o grande. Um saco de coentro a gente comprava de 50 reais e foi pra 100. A couve a gente comprava de um fornecedor por 1 real e agora está de 2 reais, a hortelã a gente comprava por 12 reais e foi pra cinco, a cebola de 5 reais foi pra sete. Subiu tudo. Se não repassar para o cliente, a gente não paga o fornecedor”, explicou.
De acordo com o economista René Becker, diversos fatores podem estar contribuindo para a elevação dos preços dos legumes e hortaliças na região.
“Com relação ao valor dos legumes, verduras, podemos afirmar que alguns fatores contribuem para o aumento e essas variações. Existem fatores que exercem influência direta sobre os seus preços, como frustrações de safras, aumento do custo com o transporte e com insumos, situações que fazem com que o custo de produção se eleve”, avaliou.
Foto: Paulo José/ Acorda Cidade
Conforme Becker, a inflação no Brasil está em 10% ao ano, e a elevação dos preços gera reflexos para a economia, uma vez que os consumidores, principalmente os de baixa renda, reduzem o consumo desses alimentos.
Foto: Maylla Nunes/ Acorda Cidade
“Podemos afirmar que legumes são bens sensíveis e que, às vezes, não têm substitutos. No momento, também estamos com a inflação em torno de 10% ao ano. E quando os fatores de safra voltam à normalidade, os preços também tendem a se ajustar. Esses preços elevados têm reflexo na economia, porque o consumidor de baixa renda reduz o seu consumo. Os preços são influenciados pela procura e a oferta, bem como o poder de compra e a elevação dos custos da produção. Com relação ao preço das carnes, também teve uma elevação grande e houve diminuição da criação de animais. Por outro lado, cresceram as exportações, que remuneram com preços superiores ao mercado interno”, informou.
Fotos: Paulo José/ Acorda Cidade
Com informações do repórter Paulo José e da jornalista Maylla Nunes do Acorda Cidade.
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