Gabriel Gonçalves
Policiais Militares da Companhia Independente de Polícia de Guarda de Feira de Santana (CIPG), cumpriram na tarde desta terça-feira (15), o mandado de prisão preventiva decretado pela juíza titular da Vara do Júri, Márcia Simões Costa, contra um policial militar, lotado na Companhia de Guardas do Presídio de Segurança Máxima da cidade de Serrinha.
O policial é acusado de tentar matar quatro pessoas em um bar, localizado no Conjunto Viveiros em Feira de Santana, no dia 9 de fevereiro deste ano.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a delegada Ludmilla Vilas Boas e Santos da 1ª Delegacia Territorial (1ª DT), explicou que só teve conhecimento do fato através das denúncias que foram feitas pelas vítimas.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
"Nós tomamos conhecimento do fato através das vítimas que vieram aqui até a unidade e contaram que estavam no local no dia 9 de fevereiro deste ano, quando este rapaz que inclusive foi morador do Conjunto Viveiros, chegou ao local, ofereceu até bebida a um deles, se identificou como amigo do bar e quando as pessoas deram as costas, ele teria efetuado os disparos de arma de fogo em direção a elas. Atingiu quatro pessoas. Inclusive uma delas se encontra hospitalizada no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), porque um dos tiros entrou pelas costas tendo transfixado, e atingiu um dos pulmões. Esse indivíduo foi de imediatamente identificado pela equipe de policiais desta unidade policial, nós representamos pelo pedido de prisão dele à juíza da Vara do Júri, a Doutora Márcia Costa que entendeu pela necessidade da prisão preventiva. Por se tratar de policial militar, ele tem a prerrogativa de somente ser preso por policiais militares, portanto a juíza determinou que o Batalhão de Guarda efetuasse a prisão deste policial", explicou.
Ainda de acordo com a delegada, o policial militar já estava em processo de aposentadoria e alegou que as pessoas o teriam xingado ele pelas costas.
"Segundo informações, ele já estaria prestes à aposentadoria, mas diante mão graças a Deus ninguém morreu, mas provavelmente teremos pessoas com algum tipo de sequela. Ele informou que ele estava no bar tomando duas ou três cervejas do tipo litrão, quando ouviu pessoas falarem dele pelas costas, que haviam xingado ele, mas ele também não sabe me dizer quais foram os xingamentos proferidos, e que essas pessoas estavam se aproximando dele. Ele se apossou da arma e começou a efetuar os disparos e relatou que ainda sim, as pessoas ficaram avançando contra ele. Inclusive o proprietário do bar apresentou 14 estojos de calibre. 40 que foram deflagrados no interior do bar no dia do fato", informou a delegada ao Acorda Cidade.
O policial militar que foi preso, já possui um processo por tentativa de feminicídio.
"Essa não é a primeira vez que este policial responde por crimes, ele já tinha respondido inclusive por uma tentativa de feminicídio contra uma ex-companheira. Ele se encontra agora à disposição da justiça, será submetido a exame de corpo de delito e encaminhado pela própria Polícia Militar ao Batalhão de Choque na cidade de Lauro de Freitas", concluiu.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade | Prédio atual da 1ª DT
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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