Gabriel Gonçalves
Criado no ano de 2021, o 'Projeto Aprender' foi idealizado pela pedagoga Rita Suely de Oliveira, com apoio do líder comunitário Sandro Aragão, que visa atender a comunidade do Alto do Rosário em Feira de Santana.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Rita contou que a ideia já estava no papel há muito tempo, mas apenas no ano passado, conseguiu concretizar o que já estava planejado.
"Esse projeto nasceu no dia 10 de junho do ano passado, justamente dentro da pandemia. Eu tive o apoio do líder comunitário Sandro Aragão que me apoiou, não pensou duas vezes e sempre está me ajudando e me orientando. Eu já estava com essa ideia há muito tempo, desde quando começamos a morar aqui no residencial. Na época eu não tive a oportunidade, mas agora essa atividade saiu do papel, muitas mães estão nos apoiando e nos ajudam. O nosso principal objetivo é tirar todas estas crianças que ficam na rua e dar a oportunidade do conhecimento e fazer destas crianças, o futuro do Brasil", afirmou.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
De acordo com Rita Suely, cerca de 38 crianças estão matriculadas, mas por alguns motivos, apenas 28 deram continuidade ao projeto.
"Eu atendo as crianças do 1º ao 5º ano e estou com a ideia de também realizar o EJA, que é o Ensino de Jovens e Adultos, estarei dando a oportunidade para aqueles adultos que queiram aprender a ler e escrever. Com esse projeto, eu já tenho seis pessoas matriculadas e também darei aula para as crianças do grupo 4 e 5. Além deste reforço escolar, eu estou trabalhando também com cursos livres, direcionados para os pais, como poder se aperfeiçoar em alguma profissão, porque sabemos que tem muita gente desempregada e estas pessoas também necessitam do apoio e é desta forma que pretendo ajudar a minha comunidade", declarou.
Fotos: Arquivo Pessoal
Com aulas realizadas de segunda à sexta, a pedagoga Rita Suely informou à reportagem do Acorda Cidade que pretende também, realizar atividades recreativas aos sábados.
"O nosso horário aqui é a partir das 8h, onde oriento a todos nas atividades da escola, depois oriento com as atividades que são passadas por mim e pela outra colega Sandriele. Dia de quarta-feira, o Cras também está aqui, nos apoia através da coordenadora Ivanete que é sempre atenciosa com a gente e nos traz novidades todas as semanas. Esse reforço é diário onde começa na segunda e termina na sexta, mas estou com um projeto de realizar atividades recreativas aos sábados também", citou.
Embora seja um projeto que tem como objetivo beneficiar à todos da comunidade Alto do Rosário, Rita Suely explicou que é cobrada uma taxa de R$ 25 para comprar os materiais que são disponibilizados para as crianças.
Fotos: Arquivo Pessoal
"Aqui dentro do nosso reforço escolar, a gente sempre passa atividades, então com isso, eu preciso comprar os papéis, recarga de cartucho da impressora que pego emprestado, tem que comprar lápis, borracha, porque nem todos possuem condições de comprar, então a gente disponibiliza esse material para eles. Com isso, a gente também cobra uma taxa de R$ 25 para a matrícula e R$ 25 a mensalidade, como forma de manter todos os materiais, eu preciso também de fichários, porque no ato da matrícula, um documento é formulado, como se fosse uma escola mesmo, então é necessário arquivar esses documentos das crianças. Recentemente, o nosso líder comunitário também conseguiu doações da faculdade Uninassau, onde eles nos entregaram cerca de 35 cadernos, e eu já enfeitei todos para entregar às crianças", informou.
Quem desejar realizar doações e ajudar o 'Projeto Aprender', pode entrar em contato com a pedagoga Rita Suely pelo (75) 998367-2121 ou com Sandro Aragão que é líder comunitário, (75) 98168-1812.
Fotos: Arquivo Pessoal
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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