Feira de Santana

Câmara recusa a receber documentos entregues pelo Secretário de Saúde à CPI

Marcelo Britto, que também é advogado, destacou que dois vereadores, sendo eles Petrônio Lima e o Pastor Valdemir Santos presenciaram a ação.

Maylla Nunes

Com o adiamento da CPI da Saúde que estava prevista para esta segunda-feira (7), onde ouviria o Secretário de Saúde de Feira de Santana, Marcelo Britto, o mesmo esteve presente na Casa da Cidadania para entregar cerca de 18 caixas contendo todos os contratos dos anos de 2019, 2020 e 2021.

Contudo, a procuradoria e advogados da Câmara, se recusaram a receber o material uma vez que o setor de recebimento de protocolos funciona até as 13h. De acordo com a assessoria de comunicação da Casa da Cidadania, outras secretarias foram convocadas para depor, e os documentos foram enviados em CDs e pendrive, por exemplo. No caso do secretário Marcelo Brito, foram 380 mil páginas impressas.

Marcelo Britto,  por sua vez, informou ao Acorda Cidade, que a Câmara se recusou a receber os documentos porque todo o material deveria ser entregue ao relator da CPI, o vereador Paulão do Caldeirão (PSC).

“A câmara se recusou a receber. Tinha um advogado, um procurador. Disseram que tinha que ser entregue ao relator da CPI e não à Câmara. Quando eles me enviaram a convocação, não me entregaram pessoalmente, me entregaram no gabinete. Tudo bem! Entreguei da mesma forma, na Câmara. Tive que usar do meu conhecimento jurídico onde fui obrigado a chamar duas pessoas do povo, dois comerciantes locais, mostrar as caixas porque já estavam guardadas e chamei para que testemunhassem que eu entreguei os documentos. Eles viram, testemunharam e assinaram”, informou.

Foto: Arquivo Pessoal

Marcelo Britto, que também é advogado, destacou ainda que dois vereadores, sendo eles Petrônio Lima (Republicanos) e o Pastor Valdemir (PV) Santos presenciaram a ação.

“Petrônio e Pastor Valdemir também assistiram a entrega dos documentos. Por que se recusaram, não entendi, não me pediram? Me fazem uma convocação em cima da hora, a história muda, mudei toda a minha agenda para comparecer ao evento e quando cheguei lá, não tinha ninguém. O presidente ainda passou por mim, não falou, não me cumprimentou e foi embora. Quem chegou a dizer que não poderiam receber, era um advogado. Ele estava nervoso, ligando para várias pessoas. Eu disse para ele ficar tranquilo, o que eu estava fazendo era só deixar as caixas e pedi para que ele informasse que recebeu. Não precisava concordar, só receber”, concluiu.

Leia também: Convocado em CPI, secretário de saúde entrega 380 mil páginas para análise da Câmara

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