Gabriel Gonçalves
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Vereadores, que apura supostas irregularidades nos contratos da saúde, convocou o secretário Marcelo Britto para depor na tarde desta segunda-feira (7), mas, devido a problemas técnicos, a oitiva da CPI precisou ser adiada.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário explicou que, por muitas vezes, ouviu ofensas e até mesmo Fake News, mas poucas vezes foi convocado para prestar esclarecimentos.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
"Acredito que a gente ouviu por muito tempo muita Fake News, muita história e até mesmo ofensas e que poucas vezes chamaram o secretário para explicar o que estava acontecendo. A principal pessoa para fazer isso sou eu, enquanto secretário. Fui convocado três vezes, e nesta última, houve o cancelamento em virtude do problema técnico, mas tudo bem. Eu fui convocado e, por obrigação, estou aqui para prestar meus esclarecimentos aos vereadores. Eles que são os fiscalizadores do executivo, e eu estou aqui no papel do executivo, tenho que dar satisfação de tudo aquilo que faço na secretaria", informou.
Como forma de apresentar todos os dados, foram necessários dois veículos para transportar cerca de 18 caixas enormes, contendo todos os contratos dos anos de 2019, 2020 e 2021.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade
"O pedido da CPI foi que eu trouxesse todos os contratos e prestações de contas, ordens de serviço de tudo aquilo que diz respeito à gestão compartilhada das unidades dos anos de 2019, 2020 e 2021. Demorou um pouco, porque estamos falando de mais de 300 mil páginas, e este secretário não tem capacidade de carregar sozinho. Nós trouxemos e vamos agora protocolar a entrega e deixar à disposição dos vereadores para que eles possam fazer as análises, e em caso de necessidade, que a gente possa justificar alguma dúvida. Em virtude desse problema, ainda não há uma nova data para que eu possa depor, apenas assinei aqui uma declaração que eu estive, mas por conta da gravação sonora, o que impossibilita a realização da CPI, não será possível ser feita. Então estarei à disposição, mas o único pedido que eu faço é que eles possam entrar em contato com antecedência, pois eu fui convocado na tarde de sexta-feira, sendo que existiam compromissos para esta segunda com pessoas de São Paulo e eu precisei cancelar", afirmou.
Questionado se existem irregularidades pelo fato de indicações, o secretário explicou que não tem conhecimento de ilegalidades sobre isso.
"Até onde eu sei, não há irregularidades, a menos que alguém me demonstre alguma ilegalidade, mas eu sempre sou consultado, não apenas pela área pública, mas também pela área privada. Então os hospitais de Feira, Salvador me ligam 'Olha Marcelo, estou precisando de um gerente comercial com foco no relacionamento com planos de saúde'. 'Marcelo, estou precisando de um médico na especialidade para coluna', e eu faço as indicações, mas eu não sei onde estão as irregularidades, espero que alguém possa me apontar onde estão", disse.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Ainda segundo o secretário, todo o material entregue na Câmara Municipal custou para os cofres públicos da prefeitura cerca de R$ 24 mil.
"Em questão de papel, devemos ter em torno de R$ 12 mil, que foram gastos para fazer as cópias, salvo engano, foi um total de R$ 24 mil. Isso é um valor importante, mas é nossa obrigação entregar, já que fomos solicitados. São cópias dos documentos originais, até porque o documento original deve ser encaminhado para o Tribunal de Contas", explicou.
Fotos: Ney Silva/Acorda Cidade
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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