Polícia

Após sequestro relâmpago na BR-324, comerciante relata momentos de tensão

O comerciante contou que enquanto dois criminosos circulavam com o veículo dele para outros destinos, ele e a família foram feitos reféns por três dos sequestradores.

Laiane Cruz

Ronaldo Lima Sampaio, de 43 anos, e sua família passaram por momentos de grande tensão após sofrerem um sequestro relâmpago na última quinta-feira (24). Por volta de 1h, ele, a esposa, a cunhada, a filhinha de 3 anos e o filho de 12 anos retornavam de carro da cidade de Simões Filho para Feira de Santana, e após passarem por Amélia Rodrigues, na BR-324, antes de um posto de combustível, foram abordados por cinco homens fortemente armados.

“Eu fui buscar minha cunhada no aeroporto, para fazer uma surpresa pra ela, que estava vindo de Portugal e levá-la à casa da tia, que fica em Simões Filho. E de lá voltei para Feira de Santana. Passei pelo pedágio e depois de passar em Amélia Rodrigues, antes do Posto São Luís, jogaram dois cavalos na estrada e cinco homens fortemente armados me renderam. Pegaram meu veículo e saíram para fazer algumas missões, segundo eles, e ficamos de cativeiro de 1h30 da manhã até as 18h20 do outro dia dentro do matagal, a noite toda rodando de lugar para lugar”, relatou a vítima.

O comerciante contou que enquanto dois criminosos circulavam com o veículo dele para outros destinos, ele e a família foram feitos reféns por três dos sequestradores. Os criminosos pegaram os aparelhos celulares deles, e fizeram diversas transações bancárias como PIX e empréstimos pré-aprovados.

“Meus cartões são todos virtuais e nossa vulnerabilidade hoje são nossos celulares. Pegaram meus aparelhos e começaram a fazer PIX e fizeram empréstimos em meu nome. Sou comerciante do ramo de internet e tenho uma clínica. De início ainda não sei o estrago que foi feito, só de um cartão que teve um valor retirado de R$ 4.800 e os outros cartões eu não consegui identificar ainda. Em momento algum eles ameaçaram minha filha, só um deles que me ameaçou dizendo que se eu não colaborasse que podia me executar e liberar minha família. Eles estavam o tempo todo encapuzados e com máscara”, informou.

A família só liberada do cativeiro no outro dia por volta das 18h e saiu andando pela estrada pedindo carona aos motoristas que passavam na rodovia, mas ninguém prestou socorro.

“Antes de me liberarem apareceu um quarto sequestrador e ficou um tempo com a gente e depois liberou a gente. Depois de todo o estrago feito, que viram que não dava pra tirar mais nada, que não dava pra evoluir, porque tinha muitas pessoas à minha procura, e provavelmente eles ficaram sabendo através das redes sociais que eu estava sendo procurado, preferiram me soltar logo. Eu vim andando 3 km de estrada pedindo carona, e ninguém dava carona à gente, mesmo estando com a família, já à noite, porque no nível de violência está de um jeito que ninguém confia mais em ninguém. Chegamos em um ponto de ônibus da São Matheus, expliquei toda a situação ao motorista, e ele me levou até a rodoviária. Chegando lá, pegamos um táxi para casa”, relembrou.

Ronaldo Lima disse ainda que a Polícia Civil o informou que o veículo S10 foi encontrado abandonado no bairro Aviário. Já os pertences pessoais das vítimas foram levados criminosos, que deixaram na mão deles apenas o chip telefônico.

 

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

 

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