Sindicância irá apurar como fugitivos tiveram acesso a serra dentro do Conjunto Penal, diz diretor

^{Laiane Cruz}

O diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana, Major Allan Araújo, que abriu uma sindicância na quarta-feira (24) para apurar como os quatro internos que fugiram na madrugada de ontem (24) tiveram acesso a uma serra dentro da instituição e como se deu o processo de fuga.

Os detentos serraram a parte inferior da grade da cela onde estavam e com uso de lençóis (terezas) pularam o muro do pavilhão, e em seguida o muro externo. Um deles, identificado como Cloves Bernardo Ribeiro Junior, conhecido como Cicatriz, 47 anos, já foi recapturado. Preso por assalto e com 8 entradas no presídio, ele foi encontrado por volta das 8h na Avenida Contorno. Os demais continuam foragidos.

“Esse é o principal objeto da sindicância, existe uma apuração que será levada muito a sério e buscamos compreender como ela entrou. Uma das formas de acesso é o arremesso, e é justamente nesse processo de apuração que vamos tentar entender como esses indivíduos conseguiram lograr êxito na fuga. Temos algumas indicações sobre os demais foragidos e acredito que nos próximos dias lograremos êxito na recaptura desses indivíduos”, justificou o diretor.

Segundo o major Allan Araújo, os internos conseguiram atravessar os muros do pavilhão onde estavam, após romperem uma grade, passarem pelo canil, pular uma cerca e por fim o muro externo da unidade, empreendendo a fuga.

“Logo após, transcorreram as buscas e um deles foi encontrado, apreendido e retornou à unidade prisional e três estão sendo procurados em uma ação conjunta da Polícia Civil, Polícia Militar, a Polícia Penal, e o Serviço de Inteligência da Seap (Secretaria de Administração Penitenciária), que estão trabalhando para identificar a localização desses indivíduos e trazê-los de volta. Abrimos uma sindicância, ouvimos algumas testemunhas, e tudo será esclarecido através dessa sindicância. E se houve alguma situação de responsabilização, ela será direcionada”, informou Allan Araújo.

O diretor ponderou que atualmente existem 10 postos de observação da Polícia Militar que cuidam da segurança perimetral do conjunto penal e que estão funcionando.

“Existem alguns que foram inativados há muitos anos e temos 10 estruturas que a Polícia Militar utiliza em modelo de rodízio, entre os postos elevados de observação. Não sei precisar quantos estão abertos por dia, mas há uma variação, em virtude da demanda da Polícia Militar aqui no sistema prisional, pois a PM além da guarda perimetral é responsável por uma série de outras demandas, como a escolta de presos para a Justiça, escoltas de presos para atendimento médico, várias demandas que a Companhia de Guarda da PM tem feito e certamente passa pela falta de pessoal, como nós do conjunto penal.”