Laiane Cruz
Atualizada em 24.02.22 às 15h55
Policiais da 67ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) apresentaram na Central de Flagrantes, por volta das 17h30 desta quarta-feira (23), o suspeito de ter matado a enfermeira Elisangela Silva Santos, 33 anos. Ela foi atingida por três tiros no dia 13 de fevereiro em seu bar e restaurante, localizado na Rua Andorinha, no bairro Alto do Papagaio, em Feira de Santana.
O suspeito foi localizado por volta das 16h no distrito de Bonfim de Feira. De acordo com o cabo PM Mascarenhas, a guarnição realizava rondas na localidade de Terra Nova, no distrito, quando avistou um casal com uma mochila em atitude suspeita.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Segundo ele, ao perceber a presença dos policiais, antes mesmo da abordagem, o jovem fugiu por uma área de vegetação, deixando para trás uma mochila que continha em seu interior um revólver calibre 380 com numeração raspada, dois celulares e uma porção de maconha.
Questionada sobre a identidade do suspeito, a companheira dele informou se tratar da pessoa, que estaria sendo apontada como o autor da morte da proprietária do bar.
“Ela disse que eles tinham chegado na semana passada no distrito e estavam escondidos lá por ele estar sendo acusado da morte da proprietária do restaurante no bairro Alto do Papagaio. Nós não logramos êxito em localizá-lo, informamos ao Cicom e nos deslocamos para a delegacia. Antes de chegar à delegacia, obtivemos a informação que ele manteve contato e pediu a presença da guarnição, que ele iria se entregar. Nos deslocamos novamente para Bonfim de Feira e ele foi encontrado e conduzido à delegacia para serem tomadas as medidas cabíveis. Ele disse que conhecia a vítima, mas que não tinha sido ele. Que no momento do crime estava em um condomínio e tinha como provar através de imagens das câmeras. Mas por conta da droga e o porte da arma, o trouxemos para a delegacia para verificar”, informou o policial militar.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Em depoimento, o homem negou que a arma encontrada na mochila dele teria sido a mesma utilizada no crime contra Elizangela. Ele também negou ser o autor do assassinato.
“A informação de que a arma teria sido a mesma utilizada no crime foi negada por ele, que negou ter sido o autor do homicídio contra Elizângela. Ele disse que foi morar em Bonfim de Feira por estar sendo acusado e ameaçado, com as fotos e nome dele circulando nas redes sociais. Ele disse que ficou com medo de represálias e não estava em condições de manter contato com advogado para se apresentar”, esclareceu o cabo PM Mascarenhas.
Notícias Relacionadas
Polícia
Bahia realiza 36ª edição da Operação Força Total
A tropa utilizou recursos tecnológicos e relatórios em tempo real para potencializar os resultados, abrangendo a capital e o interior.
Polícia
Polícia desmonta esquema e prende mulher que trazia cocaína da Bolívia
Traficante buscava a droga no Mato Grosso, escondia os materiais ilícitos em bodys e vestia os acessórios para burlar abordagens.
Salvador
Operação Sparta cumpre mandados contra policial suspeito de matar um empresário
Armas de fogo, munições, celulares e uma coleção de relógios foram apreendidos com o militar.
Operação Dragão de Fogo
Mandante de incêndios criminosos em estabelecimentos de chinês é preso em Feira de Santana
Ele foi interceptado nesta quinta-feira, na BR 324, pelas equipes da Polícia Civil
Ao Acorda Cidade, o delegado titular da Delegacia de Homicídios (DH) de Feira de Santana, Rodolfo Faro, explicou que a prisão preventiva do homem, já havia sido decretada e destacou que aguarda a finalização das investigações para comprovar que a arma apreendida, foi a mesma utilizada no crime.
"Esse indivíduo ele foi apresentado, já existia em desfavor do mesmo em razão das investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios a prisão preventiva que havia sido decretada na semana passada, e com a condução, foi dado cumprimento ao respectivo mandado, onde ele será interrogado a respeito deste crime, mas a princípio ele já informa que não teve envolvimento algum, apesar das motivações claramente comprovadas das ameaças feitas pelo mesmo a vítima, e do próprio reconhecimento de testemunhas que viram ele atirar contra a vítima Elisângela. Quanto a essa alegação de que ele teria fugido por medo de represálias, não convence de maneira nenhuma, desde que o nome do mesmo foi ventilado ele chegou a postar em perfis de redes sociais, ameaças veladas a familiares, e em razão das próprias circunstâncias de como decorreu a investigação, com o reconhecimento por parte de testemunhas, e como motivação que já existia, para mim e para justiça, a princípio existem indícios suficientes de autoria que vão ser agora comprovados através de perícias na arma que foi apreendida com os projéteis por ventura encontrados no corpo da vítima, e segue as investigações para a comprovação de que o mesmo de fato foi o autor deste crime", concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
Leia também:
Jovem é assassinada a tiros em bar no Alto do Papagaio
Pai diz que proprietária de bar assassinada fechou estabelecimento por 30 dias a mando de traficante
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia
