Cobrado pelas ações da PGR após o fim da CPI da Pandemia, realizada no ano passado, o procurador-geral da República, Augusto Aras, reafirmou em entrevista à CNN Brasil, na terça-feira (15), o entendimento de que a investigação feita pelo Senado não apresentou provas dos delitos apontados. Ele diz que recebeu do colegiado, além do relatório final, “um HD com 10 terabytes de informações desconexas e desorganizadas”.
No Congresso, o vice-presidente e proponente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), anunciou que recolheria assinaturas para propor o impeachment de Aras. “Sr. Augusto Aras, se digne a assumir a chefia do MPF, e não mais a função de serviçal de Bolsonaro”, afirmou o parlamentar, nas redes sociais. O presidente Jair Bolsonaro é um dos indiciados pela CPI.
Segundo Aras, o tamanho do material entregue pela CPI não indica, necessariamente, a existência de embasamento jurídico. “Entregar um HD com 1 ou 10 terabytes não significa fazer a demonstração de que aqueles elementos probantes coligidos na fase CPI teriam pertinência com os fatos e com os indiciados.”
O PGR relatou que em encontro com Randolfe Rodrigues e demais senadores que integraram a CPI, estes senadores teriam se comprometido a enviar as provas em 10 dias. “Hoje [terça, dia 15] é o oitavo dia. Eu espero que até sexta-feira [18] o senador Randolfe e seus eminentes pares entreguem essas provas para que o Supremo possa preservar a cadeia de custódia, a validade das provas e que não tenhamos nulidades e impunidade em um futuro próximo”, concluiu o PGR.
Fonte: Bahia.Ba