Política

Cotado para prefeito, empresário avalia embate entre prefeitura e Câmara: 'Em nada constrói'

Na opinião dele, clima de desavença entre a prefeitura e a Câmara de Vereadores em nada contribui para o crescimento econômico de Feira de Santana.

Laiane Cruz

Um dos nomes cotados no meio empresarial para ser lançado como candidato à prefeitura de Feira de Santana, o empresário Jodilton Souza, que é presidente do Grupo Nobre, descartou à priori, nesta terça-feira (8), a possibilidade de assumir algum cargo político, nas próximas eleições municipais.

Apesar disso, não deixou de opinar sobre o atual cenário político que envolve a cidade e o clima de desavença entre a prefeitura e a Câmara de Vereadores, que na avaliação dele, em nada contribui para o crescimento econômico de Feira de Santana.

“Não posso deixar tudo para me dedicar à prefeitura, onde haveria grandes problemas e em Feira de Santana, teríamos o embate da prefeitura com a Câmara. E aproveito para pedir ao presidente Fernando Torres, da Câmara, para que ele possa se juntar com o prefeito para fazer uma grande administração em Feira de Santana, ao invés de xingar, gritar e ofender, pois isso não constrói e leva um mau exemplo para a sociedade, aos nossos jovens. O ser humano não foi criado para destruir e brigar, mas sim para unir, para juntar e construir o bem comum. Peço isso em nome das minhas empresas, a gente que gera impostos, gera salários. Precisamos viver em uma Feira politicamente mais harmoniosa. Nunca quis entrar na política por isso”, opiniou Souza.

Hoje comandando mais de 3 mil funcionários em diversas empresas, o empresário acredita que pode contribuir mais com o crescimento da cidade sem precisar ser candidato a prefeito, mas avalia que há outros nomes do meio empresarial que também têm se destacado e têm muito a oferecer para o desenvolvimento de Feira.

“Com muita certeza, eu produzo em Feira de Santana, sem ser prefeito, talvez tanto quanto um prefeito. Sou amigo de empregos e empresas que atendem à sociedade. É muito difícil administrar uma cidade. Tenho mais de 3 mil funcionários e minhas empresas ainda dependem muito de mim e da minha família. Tem muita gente boa em Feira, muito empresário, como Luizinho da Mersan, Guto da Gurjão, Dilson Barbosa, Renato Ribeiro, Dilton Coutinho, tanta gente boa, mas o problema é que é aquela velha história do cobertor curto: se você cobrir a cabeça para ser prefeito, descobre os pés dos seus negócios. A gente também pode ajudar de fora. O que deveria era a prefeitura e a Câmara criar um comitê de pessoas que pensam e podem criar um projeto macro para Feira”, declarou.

Feira de Santana, na visão do empresário Jodilton Souza, há muito deixou de ser uma cidade onde a maior preocupação deve girar somente em torno de consertos de ruas e limpeza de parques e jardins. Precisa avançar para projetos maiores.

“À cidade não só cabe mais conserto de ruas e limpeza de jardins. Feira tem que ter um projeto macro, é preciso pensar Feira para daqui a 20 ou 30 anos, tem que pensar Feira como uma cidade que venha a evoluir. Ontem vi uma pessoa agradecer à prefeitura por uma estrada que foi cascalhada, mas Feira não tem que ter mais cascalho em estrada, tem que pegar verba federal e asfaltar e iluminar da cidade até lá, para que as pessoas tenham qualidade de vida, cada lugar desse deveria ter um ginásio para as crianças praticarem esportes. Hoje a cidade tem tantos problemas, e a prefeitura fica tapando buracos, resolvendo pequenos problemas”, lamentou.

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