Gabriel Gonçalves
Vários moradores do bairro Conceição II, em Feira de Santana madrugaram em frente ao Centro de Referência de Assistência Social (Cras) na manhã desta segunda-feira (7) em busca de cestas básicas.
De acordo com todos eles, a informação dada na última sexta-feira (4), era que nesta segunda, a distribuição teria continuidade.
Ao Acorda Cidade, Elizabeth da Silva Ferreira, moradora do bairro, explicou que chegou ao local por volta de 5h.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
"Eu cheguei aqui tão cedo, que nem café eu tomei. A gente veio sexta-feira aqui, e disseram que era para retornar na segunda, que é hoje. Agora estão dizendo que não tem nenhuma cesta para entregar. Foram 100 cestas básicas que eles entregaram na sexta e por quê agora não tem mais? Todo mundo que está aqui fora, está aguardando receber as cestas", citou.
Outra moradora informou à reportagem que a direção do local mentiu ao informar sobre as cestas.
"Minha vizinha passou aqui na sexta-feira por volta de 15h e o porteiro informou que já não tinha mais cesta básica. Logo depois, minha filha estava passando na porta, isso já era por volta de 16h e viu algumas pessoas pegando cesta básica lá dentro", afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
De acordo com a coordenadora do Cras, Ivanete Rios, a distribuição das cestas básicas, foi com base na situação de vulnerabilidade de cada família.
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"Nós recebemos algumas cestas básicas aqui em nossa unidade, porém toda a distribuição, foi feita com base no sistema do CadÚnico, famílias que são beneficiadas com o Bolsa Família, mulheres chefes de família e entregamos 100 cestas básicas. A gente sabe das necessidades de muitas pessoas, estamos aqui em uma comunidade carente, onde existem muitos residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida, mas a demanda é muito grande. Procuramos fazer o máximo possível para atender da melhor forma e todos eles. Neste momento, iremos aguardar agora do secretário qual será a nova definição de novas cestas básicas para serem distribuídas", explicou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Após as aglomerações que foram provocadas na porta da unidade, a Guarda Municipal precisou ser acionada para dispersar os moradores.
"Sabemos que estamos passando por uma fase ainda muito difícil que é a questão da Covid-19 e muitas pessoas estão necessitando do alimento. Porém precisamos evitar aglomerações e ver da melhor maneira como atender todas estas pessoas. O nosso foco neste momento, é atender as pessoas que já estão agendadas para realizar a atualização, porque temos pessoas aqui que estão sem receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) pela falta da atualização no sistema, tem pessoas sem atualizar o NIS e precisamos que as pessoas compreendam que o Cras não trabalha apenas com distribuição de cesta básica, temos outras demandas que estão inclusive agendadas para hoje. Então neste momento, solicitamos o apoio da Guarda Municipal, como forma de dispersar todas estas pessoas, pois hoje, não teremos distribuição de cestas básicas", afirmou Ivanete.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
Ao Acorda Cidade, o secretário de Desenvolvimento Social, Antônio Carlos Borges Júnior, explicou que as 100 cestas básicas que foram entregues para alguns moradores, foi pelo fato das famílias estarem caracterizadas como extrema pobreza.
"Nós viabilizamos a distribuição de 100 cestas básicas para 100 famílias que estão em situação de extrema pobreza, pessoas que estavam passando por dificuldades, de acordo com os relatórios socioassistenciais em relação ao que ocorreu no mês de janeiro com as fortes chuvas. Então atendendo a este critério de extrema pobreza, nós realizamos esta ação, mas acontece que fomos surpreendidos na manhã de hoje com essa grande quantidade de pessoas na porta do Cras", concluiu.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
