Laiane Cruz
Trabalhadores concursados da Caixa Econômica Federal de Feira de Santana participam, na manhã desta quinta-feira (3), de um ato nacional, em defesa da vida e da saúde de funcionários e clientes, exigindo a adoção de protocolos sanitários mais rígidos dentro das agências para combater a proliferação da covid-19.
Funcionário da Caixa há 13 anos e vice-presidente do Sindicato da categoria em Feira há 9, o bancário Eritan Machado afirmou, em entrevista ao Acorda Cidade, que a Caixa Econômica Federal tem negligenciado de forma deliberada as medidas de prevenção, o que tem feito aumentar o número de pessoas infectadas dentro das unidades.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
“Esse protesto hoje é para que a Caixa passe a adotar protocolos de segurança sanitários mais rígidos e que encare esse momento da pandemia, de aumento do número de infectados, com a seriedade e a gravidade que o tema merece. A Caixa é um dos bancos aqui em Feira de Santana no qual mais bancários e bancárias têm se infectado, só que essa questão da infecção nos bancos é uma pauta epidemiológica, pois não só os bancários têm sido acometidos pela doença, como também os clientes dentro das agências”, alertou o representante sindical.
De acordo com ele, o ato realizado hoje é nacional, mas diariamente o sindicato tem buscado conscientizar os bancários no município e realizando protestos em frente às agências.
“Nós informamos sobre todos os bancários que comunicam o acometimento da doença ao Ministério Público do Trabalho, mas hoje especificamente é voltado exclusivamente para a Caixa porque o banco tem negligenciado de forma deliberada o cumprimento das medidas de prevenção contra a covid-19”, enfatizou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Como exemplo de negligência por parte do banco público, Eritan Machado citou a demissão de metade dos funcionários responsáveis pela limpeza em uma das unidades em Feira.
“Nesse momento de pandemia os funcionários concursados não estão sendo demitidos. O que nós temos protestado e alertado junto à direção da empresa é que não é prudente que a Caixa demita metade dos funcionários responsáveis por limpar as unidades bancárias, já que esse momento pede um maior cuidado em relação ao uso do álcool em gel, maior limpeza do aparelhamento das dependências das agências. Então como é que a Caixa, em uma agência que tem cinco pessoas voltadas para limpeza da unidade, demite metade, só ficando com dois fixos e um volante. Por isso o número de casos tem aumentado, também por conta desse papel que a Caixa tem se prestado”, protestou.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade