Laiane Cruz
Sem poder trabalhar há 14 anos por conta de uma úlcera na perna direita, o pedreiro Mário Ferreira Amorim, 64 anos, sofre com fortes dores e pede ajuda da comunidade para conseguir um especialista que possa tratar seu problema de saúde.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Eu ainda estava trabalhando, cortando uns blocos e uma faísca caiu em cima, mas eu não liguei e continuei trabalhando. Isso foi virando uma bola de neve e quando eu fui ao médico já tinha virado uma úlcera. Na época eu tinha 49 anos”, relatou o idoso ao Acorda Cidade sobre o que teria provocado a enfermidade.
Mário Ferreira é morador do bairro Rua Nova e ultimamente está sobrevivendo com apenas R$ 350 da aposentadoria. Segundo ele, na tentativa de cuidar da saúde acabou pegando empréstimos nas mãos de agiotas e para quitar o débito realizou outro empréstimo consignado.
“Meu dia a dia é muito difícil, porque tenho a esposa e mais sete pessoas entre filhos e netos para criar e meu dinheiro não dá. Me aposentei por invalidez e ganho 1.350 reais. Mas estava devendo a agiotas para poder cuidar da saúde. Depois tomei um empréstimo no banco para pagar aos cobradores, que é descontado na folha e sobram apenas R$ 350 para sustentar toda a casa.”
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Para complementar a renda, ele está realizando um ‘bico’ no Feiraguay. “Todo dia eu saio e vou para a rua, vou ao Feiraguay porque tem um rapaz que compra televisões usadas e eu fico ajudando ele. No fim da tarde ele me dá R$ 30 a 40 e desse dinheiro estou vivendo. Aqui já cortou a água e a luz está para cortar. Devo aos mercadinhos que eu comprava e minha dívida está em quase R$ 7 mil. E hoje não compro mais porque não pude pagar e as pessoas não vendem mais.”
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
O pedreiro aposentado pede ajuda para conseguir um médico, uma vez que na rede pública não está conseguindo dar andamento ao tratamento. De acordo com ele, os médicos que já foi pela rede municipal só olharam e não deram solução.
“Minha úlcera dói muito e estou precisando de tratamento médico. Deve ter um especialista que possa cuidar disso. Eu usava um óleo de girassol, que estava ressecando, e trocou por uma pomada, mas está a mesma coisa. Tenho fortes dores e eu quase não durmo. Minha maior necessidade é ficar bom dessa perna e voltar a trabalhar, pois sou pedreiro e mestre de obras. Ando com muita dificuldade. Eu quero o tratamento para a perna e ajuda para manter minha família. Minha esposa não trabalha e também não teve como se aposentar”, disse.
Quem se interessar em ajudar a família a conseguir um especialista e realizar outros tipos de doações podem entrar em contato com a esposa de Mário, pelo telefone 75 98838-2459 (Conceição).